"Bom jogo para espectadores, não para mim", diz Magnano após drama em quadra

 

Brasileiros ficam inconsoláveis após derrota / Foto: Elsa / Getty Images

Rio de Janeiro - A seleção masculina de basquete do Brasil precisava encarar o jogo de hoje, contra a Argentina, como um "tudo ou nada". Era a chance de garantir a classificação para a fase de quartas de final e de cara se livrar dos Estados Unidos logo no primeiro jogo da fase eliminatória. 

Foi com esse pensamento, e "visualizando a vitória" na cabeça, como bem disse Nenê após a última partida, que a seleção entrou em quadra na Arena Carioca 1. A garra ficou evidenciada, mas faltou algo para o Brasil conseguir a vitória sobre o algoz que tantas outras vezes já o tirou de campeonatos. 

Lotada parcialmente por brasileiros e com uma "invasão" considerável de argentinos, o público presente viu um jogo dramático e que certamente mexeu com a adrenalina de quem acompanhava a partida. 

"Foi um bom jogo para os espectadores, não para mim, nem para os jogadores, nem para a torcida brasileira, mas para um fã que viu a partida foi muito bom", destacou o técnico argentino Ruben Magnano, que treina a seleção brasileira desde 2010, na coletiva à imprensa após a derrota. 

Argentinos celebram vitória suada / Foto: Elsa / Getty Images

Depois de um primeiro quarto com domínio Argentino, o Brasil viu o placar ficar um pouco distante (28 a 19) e voltou para o segundo quarto precisando recuperar os pontos perdidos. Nenê, que teve uma atuação ruim na derrota contra a Croácia, acertou o passo e ajudou a seleção a fechar o primeiro tempo à frente dos campeões olímpicos: 52 a 44.

O Brasil conseguiu administrar sua liderança ainda no terceiro quarto, fechou com cinco pontos à frente da Argentina, mas não contava, no último tempo, com a brilhante atuação de Nocioni, cujo aproveitamento nas bolas de três pontos surpreendeu a todos.

"Planejamos o sistema tático, mas não contávamos com o grande jogo do Nocioni e do Campazzo, mas conhecendo esses jogadores, deveríamos ter nos preparado da forma devida", admite Nenê, à imprensa.
 
"Obviamente eu sou obrigado a falar, mas é muito difícil falar em momentos como esse. Sobre o jogo, acho que viemos com uma estratégia tática que não deu resultado. Eles foram bem, especialmente com Nocioni. Nós demos a possibilidade da Argentina de reagir e vencer o jogo na prorrogação", declarou o técnico. 

Marcelinho Huertas / Foto: Elsa / Getty Images

Sim, mesmo à frente do placar na maior parte do jogo, o Brasil sucumbiu a uma bola de três pontos nos últimos dez segundos de jogo e a Argentina empatou: 85 a 85, para delírio do público presente, que não acreditava no que via. 
 
Houve um primeiro tempo de prorrogação e o placar se manteve igual, até que no segundo, logo de início, a Argentina emendou duas bolas de três pontos e mais alguns lances para abrir, logo de cara, oito pontos no marcador - destaque para a boa atuação de Campazzo. 
 
Leandrinho ainda conseguiu colocar o Brasil a um ponto da Argentina, mas novamente brilhou a estrela de Campazzo. O resultado foi uma derrota dolorida e dramática do Brasil, por 111 a 107, após 50 minutos de jogo. 
 
O revés deixou a seleção brasileira em situação delicada, ainda mais depois que a Espanha, sua rival direta pela disputa de uma vaga nas quartas, venceu a Lituânia - e por mais de 50 pontos de diferença.
 
O Brasil precisa vencer a Nigéria na próxima partida e ainda torcer para que a Espanha perca seu próximo jogo contra, justamente, a Argentina. Ainda assim, na melhor das hipóteses, enfrentará os favoritos ao ouro dos Estados Unidos. 

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