NBB Caixa: Renan, uma commodity do basquete brasileiro

O pivô pinheirense fala sobre sua experiência nos EUA, onde além de jogar pela The University of Utah, se formou em economia / Foto: Ricardo Bufolin/ ECP

São Paulo - Nascido na pequena cidade de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, o pivô Renan dos Santos Lenz (#12 Renan), iniciou sua trajetória no basquete aos 12 anos, quando um professor avaliando sua estatura, incentivou-o a praticar a modalidade. No início era apenas de forma amadora, representando a escola em torneios.
 
“Depois de dois anos jogando na escola, foi que eu comecei a jogar basquete de verdade, quando eu fui para Lajeado (RS). Era um time de escola, mas eles eram filiados a um clube. Eles me viram jogando um torneio estadual e me convidaram para ir para lá”, ele conta.
 
E foi aos 14 anos que o jovem se viu diante do seu primeiro desafio, morar em outra cidade, longe de sua família. O atleta conta que dividia apartamento com mais seis meninos, todos na faixa etária entre 14 e 16 anos e que além da casa, o time custeava as refeições e uma vez por semana contavam com uma pessoa para limpar o local.
 
“No começo é sempre difícil, a gente pensa em desistir, nós estávamos longe dos nossos pais, sem saber muito o que fazer, como reagir a certas situações. Com esta idade a gente ainda não tem uma cabeça forte para persistir naquilo que queremos, mas eu sempre tive pessoas do meu lado que me incentivaram a continuar”.
 
O apoio vinha principalmente de “dentro de casa”, da parte da família. “Meus pais já jogaram vôlei e queriam que eu jogasse também, mas eu escolhi o basquete e eles me apoiaram”, Renan revela.
 
Depois de três anos jogando em Lajeado, era hora de Renan alçar novos voos, mas antes de sair do Sul, o jogador conquistou o título no Campeonato Brasileiro de Seleções, pela seleção gaúcha (de base). O próximo destino foi o interior paulista, onde ficou jogando por dois anos no time de Araraquara. “Meus dois primeiros NBB’s eu joguei lá. Um enquanto eu era juvenil e o outro no meu primeiro ano de adulto”.
 
O próximo passo seria ainda maior, com o jovem indo morar um tempo nos EUA. “Fiquei dois anos no Arizona Western College e depois fui transferido para a Universidade de Utah, onde além de jogar, me formei em economia”.
 
Após voltar dos Estados Unidos, o atleta foi jogar em São Jose dos Campos, onde permaneceu por duas temporadas. Depois disso veio para a capital paulista, passando a integrar o time do E. C. Pinheiros na temporada 2015/2016 permanecendo também nesta de 2016/2017.
 
Fora das Quadras - E não foi só a formação que a experiência nos EUA proporcionou a Renan, foi também durante a sua estadia no país, que ele conheceu sua companheira.
 
“Atualmente eu sou casado e minha esposa é americana. Nós nos conhecemos porque ela jogava basquete na mesma universidade que eu frequentava. Ela acabou vindo comigo para o Brasil e agora estamos casados, desde junho do ano passado”.
 
Outro fato curioso sobre o pivô, é que quando não está em quadra, tem um hobbie bem diferente. Nas horas vagas ele gosta de pescar. “Como eu nasci em cidade pequena, desde cedo eu pai me levava para pescar e eu acabei pegando gosto. Daí quando tem folga eu gosto de sair para pescar, tem um monte de lugar aqui em São Paulo que eu vou.
 
Renan acredita que o fato de ter se casado com uma pessoa que já foi do meio esportivo, acaba ajudando a conciliar a rotina profissional com a pessoal. E já pensando no futuro, o pinheirense afirma que ter filhos estão nos planos. E no que depender de seu incentivo, seus herdeiros também serão adeptos do esporte.
 
“Eu sou de uma família relativamente grande e a minha esposa também, então não tem como não pensar em ter filhos. Nós sempre fomos criados em um ambiente com bastante gente, então se fossemos só nós, não teria graça. E com certeza o dia que eu tiver um filho, vou incentivar ele a praticar esportes. Mesmo se não for para ser jogador, se profissionalizar, pelo menos pelo lado saldável da coisa”, afirma.  
 
O pivô do Pinheiros ressalta que sua ida para outro país foi motivada principalmente por pensar nos estudos. “Minha mãe foi professora a vida inteira, então educação para os meus pais sempre foi essencial”. Ele revela que chegou a pensar em ficar nos Estados Unidos e trabalhar por lá, mas que a paixão pelo basquete acabou falando mais alto.
 
“Se a minha aposentadoria fosse hoje, eu diria que ia querer continuar ligado ao esporte, mas eu não sei no futuro. Eu não sei se um dia eu estarei pronto para largar o basquete, mas eu quero usar o diploma que eu ganhei de alguma forma, seja com ou sem o basquete”, conclui Renan.
 
Pinheiros no NBB CAIXA (2016/2017) - Com xx vitorias em xx jogos até o momento, o E.C. Pinhieros encontra-se em xx lugar na tabela. O xx do time, Holloway atualmente é o quarto maior pontuador do campeonato com uma média de 19.64 pontos.
 
O time já entrou em quadra duas vezes neste começo de ano, com uma vitória sobre o Caxias do Sul por 99x93 e outra disputa contra o Vasco, que apesar de ter sido acirrada terminou com a vitória dos adversários por 72x70.
 
O próximo desafio do Pinheiros será contra o Basquete Cearense, no dia 25/01, jogando fora de casa a partir das 20h30.
 

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