José Roberto Guimarães e Marcos Goto são os melhores técnicos de 2012

José Roberto Guimarães e Marcos Goto são os melhores técnicos de 2012 / Foto: Acervo COB

Rio de Janeiro - José Roberto Guimarães, da seleção brasileira feminina de vôlei, e Marcos Goto, treinador do ginasta Arthur Zanetti, foram escolhidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como os melhores técnicos de 2012. Os dois campeões olímpicos em Londres 2012 receberão o troféu de Melhor Técnico do ano, coletivo e individual, respectivamente, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, no dia 18 de dezembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. 
 
O melhor técnico de esportes coletivos de 2012 é o único brasileiro tricampeão olímpico. Mesmo consagrado como campeão olímpico com a seleção masculina em Barcelona 92 e com a feminina em Pequim 2008, José Roberto Guimarães lembrará para sempre dos Jogos Olímpicos Londres 2012. A equipe feminina teve dificuldades durante o torneio. Após uma inesperada derrota para a Coreia do Sul por 3 a 0, o time correu o risco de ser eliminado ainda na primeira fase. Zé Roberto reuniu o time e cobrou a atitude de uma equipe que estava defendendo o título olímpico. Mais do que isso, o treinador pediu para que os erros fossem esquecidos e que todos valorizassem os acertos. “Esse foi meu título olímpico mais difícil”, afirma Zé Roberto. “Ganhar os Jogos Olímpicos é muito difícil. Mas se manter no topo é ainda mais. O seu time passa a ser a referência, o time a ser batido. É preciso encontrar motivação para treinar e se sacrificar ainda mais”, disse o treinador.
 
José Roberto Guimarães já havia conquistado o prêmio de melhor técnico de 2008. Após o ouro em Londres 2012, Zé Roberto sabia que concorreria mais uma vez. “Me sinto muito feliz e honrado em receber mais uma vez o prêmio de melhor técnico do ano. Principalmente por ter conquistado esse prêmio representando o meu país. Ter esse reconhecimento é motivo de grande orgulho pra mim”, afirmou o treinador, que enumera três fatores que o fazem seguir motivado, mesmo após conquistar tantos títulos. “Representar o meu país; colocar o Brasil no alto do pódio; e o gosto pela vitória”, explica José Roberto.
 
Marcos Goto - Marcos Goto é responsável pela preparação de Arthur Zanetti há 14 anos. Trabalhador incansável, aos poucos lapidou o talento e formou o primeiro medalhista olímpico brasileiro da ginástica artística. “Fiquei muito feliz em saber que conquistei o prêmio de melhor técnico de 2012. É um reconhecimento ao meu trabalho e de todo o meu grupo, que trabalha duro em São Caetano (SP). Sem dúvida, é uma motivação a mais para mim e para todos os treinadores de ginástica artística do Brasil”, disse Goto, que está com a seleção brasileira em Stuttgart (ALE), onde participa da última competição do ano neste final de semana. “Vou tentar fazer o possível para conseguir resultados ainda melhores. Temos outros bons atletas vindo por aí. Meu objetivo como técnico é revelar talentos para o esporte brasileiro, pensando sempre na formação dos jovens. Formando a pessoa, com bom caráter, se torna muito mais fácil fazer um campeão”, ensina Goto, que faz parte da primeira turma da Academia Brasileira de Treinadores, iniciada este ano pelo COB.
 
Em Londres, em sua maior conquista até o momento, Goto se mostrou um estrategista capaz de mudar o rumo da competição. Em Jogos Olímpicos, a ordem de apresentação da final das argolas é decidida antes das provas eliminatórias, por sorteio. O sorteio de Londres previa que o primeiro colocado das eliminatórias abriria as apresentações da final; o quarto colocado, por sua vez, seria o último a fazer a prova na disputa por medalhas. Marcos Goto fez as contas e tomou uma decisão arriscada. Pediu para Zanetti fazer uma série mais fraca nas eliminatórias. De acordo com ele, o primeiro a disputar a final poderia sofrer com o critério dos juízes e ficar com uma nota mais baixa. Arriscando o melhor posicionamento na final, Zanetti podia ficar de fora da decisão, caso falhasse em algum movimento nas eliminatórias. A estratégia deu certo e o Brasil tem um campeão olímpico nas argolas. “Foi uma decisão arriscada sim, mas a gente tinha que correr esse risco porque eu não queria que o Arthur fosse o primeiro a se apresentar na final. Eu sabia do que ele e os adversários eram capazes de fazer e senti que podia arriscar”, disse o treinador.
 
Esta foi apenas uma das estratégias usadas pelo melhor técnico de esportes individuais de 2012 para alcançar o ouro olímpico. Segundo o próprio, a principal delas foi justamente tirar o foco dos Jogos Olímpicos. “Fiz de tudo para que o Arthur não ficasse impressionado com os Jogos Olímpicos. Em nenhum momento pressionei para a obtenção do resultado. Deixei ele bem sossegado, como se fosse mais uma competição do ano. E ele ficou muito calmo durante todo o período na Vila Olímpica”, disse Goto, afirmando que o desafio deste ciclo olímpico é mais difícil. “Sem dúvida será mais difícil. Os próximos Jogos serão no Rio, ele agora é o campeão olímpico, vai ser muito mais visado”, disse o técnico. “No início do ano que vem eu vou traçar uma estratégia para lidar com esse novo cenário”, afirmou o treinador de Arthur Zanetti. Que ninguém duvide das estratégias de Marcos Goto.
 
Prêmio Brasil Olímpico 2012 - Em sua 14ª edição, o Prêmio Brasil Olímpico 2012, principal cerimônia de premiação do esporte brasileiro, homenageará aqueles que mais se destacaram no esporte em 2012, além dos medalhistas em Londres 2012.
 
Os atletas que concorrem ao troféu de Melhor Atleta de 2012 são Sheilla Castro (vôlei), Sarah Menezes (judô) e Yane Marques (pentatlo moderno), no feminino. No masculino, os concorrentes são Arthur Zanetti (ginástica artística), Esquiva Falcão (boxe) e Thiago Pereira (natação). A votação para a escolha dos melhores do ano está sendo realizada através do site do COB (www.cob.org.br).
 
Outras categorias estão sendo premiadas no PBO 2012: Melhor Técnico Individual e Coletivo; Troféu Adhemar Ferreira da Silva; Melhores atletas das Olimpíadas Escolares e Universitárias; além de uma homenagem especial aos medalhistas dos Jogos Olímpicos Londres 2012.
 
 

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