Brasileiras do LiveWright conquistam quatro medalhas na Rússia

Delegação Brasileira na Rússia / Foto: LiveWright / Divulgação

Rússia - As ginastas brasileiras apoiadas pelo Movimento LiveWright deram show em umas das mais tradicionais competições de Ginástica Artística do mundo. A meninas da categoria juvenil faturaram quatro medalhas na Voronin Cup, evento que reuniu 130 atletas de 27 países de todos os continentes. 
 
O campeonato foi disputado neste final de semana em Moscou, na Rússia. Mariana Oliveira subiu ao pódio três vezes: bronze no individual geral, bronze no solo e ouro no salto. Já Ana Flávia do Espírito Santo conquistou a medalha de prata na prova do solo. "Estou bem feliz com os resultados obtidos na tradição competição russa. As nossas meninas foram muito elogiadas pelos demais treinadores que participaram da Voronin Cup", relatou Iryna Ilyashenko, treinadora da equipe. O grupo foi supervisionado por Eliane Martins no campeonato, que serviu de teste real para as garotas, que sonham em disputar as próximas duas Olimpíadas. 
 
Neste sábado (15), as ginastas mostraram talento competindo de igual para igual com as russas, que tinham o apoio local. Na prova do solo, as meninas do LiveWright subiram ao pódio conquistando a prata, com Ana Flávia do Espírito Santo, e bronze com Mariana Oliveira. "Ana Flavia fez uma excelente série final e foi premiada com a medalha. Ela competiu nos dois dias com muita seriedade e concentração, assim como a Mariana, que fechou o campeonato com três pódios", contou Iryna. 
 
No salto, a jovem Mariana Oliveira arrasou e levou o ouro, deixando as duas russas Evgeniya Shelgunova e Maria Kharenkova para trás. Na sexta-feira (14), a atleta de Guarulhos ficou com a medalha de bronze no individual geral na categorial juvenil, obtendo boas notas em todos os aparelhos. 
 
Uma prova da importância da Voronin Cup é que a Federação Internacional de Ginástica incluiu a copa em seu calendário oficial desde 2002. Estrelas da modalidade como a norte-americana Nastia Liukin e a russa Elena Zamolodcikova, ambas campeãs olímpicas, mostraram talento pela primeira vez na Mikhail Voronin Cup.
 
A força da Ginástica - As ginastas da nova geração são acompanhadas de perto na capital do Paraná por especialistas de alto nível na modalidade e contam com equipamentos de primeiro mundo. No CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica), em Curitiba, as atletas são supervisionadas pelo ucraniano Oleg Ostapenko, que revelou Daiane dos Santos e colocou a modalidade em um outro patamar no cenário mundial. A ex-ginasta bielorrussa Nellie Kim é a conselheira internacional do projeto de ginástica artística feminina do Movimento LiveWright, em parceria com a Federação Paranaense de Ginástica. Com seis medalhas olímpicas, sendo cinco de ouro, a campeã az avaliações semestrais do trabalho na capital paranaense.
 
As integrantes do CEGIN têm bolsa auxílio, plano de saúde, auxílio moradia, alimentação, além de poderem contar com médicos, fisioterapeuta, nutricionista, massagista e psicólogo; aulas de educação formal com professores contratados e bolsa para as atletas com idade para cursar faculdade.
 
Novos talentos - O projeto, que coloca o Paraná como referência na modalidade na América Latina, é formado também por oito Escolas de Talento, distribuídos pelo interior do Estado. O objetivo é selecionar atletas para o CEGIN, onde os treinos visam revelar valores para os Jogos de 2020. As futuras campeãs serão acompanhadas pela equipe multidisciplinar liderada por Vicélia Florenzano, ex-presidente da Confederação Brasileira de Ginástica. A ideia é atender mais de mil crianças de cinco e oito anos de idade.
 
Em 2011, o LiveWright trouxe de volta ao Brasil o treinador ucraniano Oleg Ostapenko e sua mulher Nadia Ostapenko, que treinou a equipe brasileira entre 2002 e 2008. O especialista montou uma equipe técnica altamente qualificada, preparando as ginastas com potencial para integrar a Seleção Brasileira nas categorias pré-Infantil, infantil, juvenil e adulta.
 
Sobre o LiveWright - Fundado por um grupo de empresários em 2011 com o objetivo desenvolver o esporte olímpico brasileiro, o LiveWright é um movimento sem fins lucrativos, que deseja preparar campeões a partir dos Jogos de 2016 e deixar para o esporte brasileiro um legado de profissionalismo e gestão competente.
 
O LiveWright se inspirou no sonho do empresário Roger Wright, que acreditava que se as crianças tivessem heróis nos quais pudessem se inspirar, teriam chances de uma vida melhor, em um país mais justo. Wright era velejador e foi um dos grandes incentivadores do projeto de trazer uma Olimpíada para o Brasil. Em 2008, reuniu um grupo de empresários para ajudar a candidatura Rio 2016. Ao mesmo tempo, passou a sonhar com a formação de atletas para esta oportunidade. Seu plano era, ao mesmo tempo, simples e ambicioso: investir em modalidades criteriosamente selecionadas, a fim de aumentar consideravelmente nossas chances de medalhas, transformando o Brasil em uma potência olímpica.
 
Por isso, o LiveWright acredita que promover heróis no Brasil é uma maneira de trazer esperança e novas alternativas para o futuro. O movimento é uma Oscip, inteiramente financiado por corporações e pessoas físicas. O seu modelo de trabalho está baseado em fornecer capital e know-how gerencial para os esportes selecionados por uma comissão formada por atletas, ex-atletas e empresários, e oferecer ao patrocinador a garantia de que os recursos investidos estão sendo bem alocados dentro dos valores da iniciativa privada de desempenho, meritocracia e ética