Ciência a favor da ginástica

Bateria de avaliações / Foto: Rafael Bello/COB

Rio de Janeiro - Ao longo da última semana, os principais atletas de ginástica artística do país se revezaram entre o ginásio e o laboratório. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) promoveu uma bateria de avaliações científicas com 19 atletas do país, realizadas no Laboratório Olímpico, parte integrante do Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro.
 
As baterias de exames médicos e físicos tiveram a presença dos medalhistas olímpicos Arthur Zanetti, Diego Hypolito e Arthur Nory, além de outros destaques da modalidade, incluindo ginastas da nova geração.
 
Os atletas selecionados pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) para as avaliações são oriundos de clubes de São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre. Além disso, seus treinadores participaram de toda a ação. A maratona de exames contemplou as seguintes 10 áreas: bioquímica, médica, clínica, termografia, ortopedia, fisioterapia, biomecânica, preparação mental, nutricional e fisiologia.
 
“Todos esses equipamentos de ponta à nossa disposição no Laboratório Olímpicos e a bateria de avaliações que passamos contribuirão muito para as pesquisas relacionadas à ginástica. Esse trabalho será muito benéfico também para as novas gerações, que já saberão o que fazer, principalmente na prevenção de lesões. Essa bateria de exames é fundamental para termos dados que nos auxiliem a melhorarmos nosso desempenho”, analisou o campeão olímpico Arthur Zanetti, que pontuou ainda para a importância das Ciências do Esporte no cenário atual. “Existe um conjunto de fatores para chegarmos bem em uma competição. As partes técnicas, médica, nutricional, entre outras, têm que estar andando em conjunto, o que com certeza vai trazer uma melhora ao esporte e consequentemente aumentando o nosso nível”, completou Zanetti, prata no Rio 2016 nas argolas.
 
Atento aos movimentos de todos os atletas durante os testes, o coordenador técnico das seleções brasileiras, Marcos Goto, elogiou a iniciativa do COB, realizada também com a equipe feminina algumas semanas atrás.
 
“O objetivo principal é monitorar os atletas antes das competições. Depois, vamos coletar os dados e repassar os resultados aos treinadores para fazermos os ajustes necessários aos treinamentos. As avaliações nos ajudam a detectar desequilíbrios musculares e a prevenir possíveis lesões logo de início. Com tudo que temos à disposição neste laboratório, temos tudo para chegar com a equipe ainda mais preparada para Tóquio 2020”, destacou Marcos Goto.
 
Localizado no Parque Aquático Maria Lenk, no Parque Olímpico da Barra, o Laboratório Olímpico conta com uma série de equipamentos de última geração em uma área de aproximadamente 1.700 m2. Possui um conceito inovador, viabilizando a avaliação, a orientação e o controle do treinamento de atletas olímpicos de uma maneira próxima ao seu local de preparação o e com um relacionamento direto do grupo de trabalho com os treinadores dos atletas. O Laboratório possui estrutura para atender todas as modalidades olímpicas e tem como foco de trabalho fornecer dados científicos para que o treinador tome melhores decisões na elaboração do programa de treinamento dos atletas, diminuindo o risco de lesões, aumentando a qualidade efetiva desse treinamento e possibilitando a melhora dos resultados nas quadras, piscinas, pistas e ginásios.
 
“O Laboratório Olímpico é a materialização de uma proposta do COB de cada vez mais trazer a ciência para a preparação dos atletas. Ele funciona como um gerador de informações, que bem produzidas e integradas, permitem que os treinadores tomem melhores decisões”, pontuou Jorge Bichara, gerente de Performance Esportiva do COB.
 
Paralelamente às ações com a ginástica, especialistas do COB estiveram no Marina Barra Clube para realizar exames de bioquímica com a dupla de vôlei de praia Ágatha e Duda durante o treinamento.  “É importante para o COB estar também no ambiente do atleta realizando as avaliações”, observou Bichara.
 

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