Ginastas brasileiras medem forças com as melhores do mundo na Ucrânia

Ginasta durante a Copa do Mundo dos Estados Unidos / Foto: Divulgação

São Paulo - As ginastas juvenis apoiadas pelo Movimento LiveWright estreiam neste sábado (30) na Stella Zakharova Cup, um dos eventos mais importantes da modalidade no Leste Europeu. As atletas já estão desde a semana passada em Kiev, na Ucrânia, para se adaptar ao fuso e ambiente, além de treinar no local do campeonato. Foram convocadas Ana Flávia do Espírito Santo, Carolyne Mercer e Tamires Veiga, que fazem parte da nova geração da ginástica nacional, com grandes chances de representar o Brasil nas próximas duas olimpíadas.
 
A competição ucraniana chega à 12ª edição em 2013 e é apontada como uma etapa de preparação para a temporada, principalmente para a Copa do Mundo. Estarão presentes as delegações da Rússia, Israel, Azerbaidjão, Bélgica, Holanda, França, Lituânia e Hungria.
 
O objetivo das garotas e da comissão técnica é melhorar o desempenho em relação ao ano passado, quando o País ficou na quinta colocação no geral. E, um dos aparelhos que sempre colocam as brasileiras entre as tops é o solo. O Brasil ganhou muita força na prova com as conquistas passadas da Daniele Hypolito e Daiane dos Santos, sem contar Diego Hypolito no masculino. "As atletas nacionais, pela estrutura física, têm mais habilidade para os aparelhos que requerem velocidade e impulsão, como o salto e solo", explica Eliane Martins, supervisora técnica do CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica).
 
"Espero ir muito bem no solo e também no salto na Ucrânia. Não conheço ainda as adversárias, mas disputar competições internacionais é fundamental na minha carreira", cita Carolyne Mercer, de 12 anos, que é atual campeã brasileira e sul-americana infantil. Tamires Veiga, de 13 anos, sonha com uma medalha na Stella Zakharova Cup. "Minha expectativa para a competição é muito boa. Espero subir ao pódio em Kiev. Sei que posso ter um bom resultado na trave e no solo".
 
A Stella Zakharova Cup foi palco dos primeiros resultados positivos de atletas medalhistas olímpicos e mundiais, como Khan Byuhen, Anna Pavlova, Valeri Goncharove e Alina Kozich. As provas na Ucrânia começam no sábado (30) e terminam no dia seguinte.
 
A equipe de ginástica do CEGIN faz parte de um projeto do LiveWright, em parceria com a Federação Paranaense de Ginástica. A patrocinadora máster é a Cielo. Os patrocinadores platinum são Volvo e Raízen. Klabin, Credit Suisse, MRS são apoiadores oficiais. Ainda contribuem com o movimento Camargo Correa, CBMM.
 
A força da Ginástica - As ginastas da nova geração são acompanhadas de perto na capital do Paraná por especialistas de alto nível na modalidade e contam com equipamentos de primeiro mundo. No CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica), em Curitiba, as atletas são supervisionadas pelo ucraniano Oleg Ostapenko, que revelou Daiane dos Santos e colocou a modalidade em outro patamar no cenário mundial. A ex-ginasta bielorrussa Nellie Kim é a conselheira internacional do projeto de ginástica artística feminina do Movimento LiveWright, em parceria com a Federação Paranaense de Ginástica. Com seis medalhas olímpicas, sendo cinco de ouro, a campeã faz avaliações semestrais do trabalho na capital paranaense.
 
As integrantes do CEGIN têm bolsa auxílio, plano de saúde, auxílio moradia, alimentação, além de poderem contar com médicos, fisioterapeuta, nutricionista, massagista e psicólogo; aulas de educação formal e bolsa para as atletas com idade para cursar faculdade.
 
Novos talentos - O projeto, que coloca o Paraná como referência na modalidade na América Latina, é formado também por oito Escolas de Talento, distribuídos pelo interior do Estado. O objetivo é selecionar atletas para o CEGIN, onde os treinos visam revelar valores para os Jogos de 2020. As futuras campeãs serão acompanhadas pela equipe multidisciplinar liderada por Vicélia Florenzano, ex-presidente da Confederação Brasileira de Ginástica. A ideia é atender mais de mil crianças de cinco e oito anos de idade.
 
Em 2011, o LiveWright trouxe de volta ao Brasil o treinador ucraniano Oleg Ostapenko e sua mulher, Nadia Ostapenko, que treinaram a equipe brasileira entre 2002 e 2008. O especialista montou uma equipe técnica altamente qualificada, preparando as ginastas com potencial para integrar a Seleção Brasileira nas categorias pré-Infantil, infantil, juvenil e adulta.
 
Sobre o LiveWright - Fundado por um grupo de empresários em 2011 com o objetivo desenvolver o esporte olímpico brasileiro, o LiveWright é um movimento sem fins lucrativos, que deseja preparar campeões a partir dos Jogos de 2016 e deixar para o esporte brasileiro um legado de profissionalismo e gestão competente.
 
O LiveWright se inspirou no sonho do empresário Roger Wright, que acreditava que se as crianças tivessem heróis nos quais pudessem se inspirar, teriam chances de uma vida melhor, em um país mais justo. Wright era velejador e foi um dos grandes incentivadores do projeto de trazer uma Olimpíada para o Brasil. Em 2008, reuniu um grupo de empresários para ajudar a candidatura Rio 2016. Ao mesmo tempo, passou a sonhar com a formação de atletas para esta oportunidade. Seu plano era, ao mesmo tempo, simples e ambicioso: investir em modalidades criteriosamente selecionadas, a fim de aumentar consideravelmente nossas chances de medalhas, transformando o Brasil em uma potência olímpica.
 
Por isso, o LiveWright acredita que promover heróis no Brasil é uma maneira de trazer esperança e novas alternativas para o futuro. O movimento é uma Oscip, inteiramente financiado por corporações e pessoas físicas. O seu modelo de trabalho está baseado em fornecer capital e know-how gerencial para os esportes selecionados por uma comissão formada por atletas, ex-atletas e empresários, e oferecer ao patrocinador a garantia de que os recursos investidos estão sendo bem alocados dentro dos valores da iniciativa privada de desempenho, meritocracia e ética.
 

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