Brasil campeão com 51 medalhas e muitos recordes

Cesar Cielo, Sua Majestade, mais uma vez foi o destaque da competição / Foto: Satiro Sodré/AGIFBelém - Os recordes não são como os vinhos, que ficam melhores a medida que envelhecem. Quando o assunto é tempo dentro d’água, quanto mais novo, melhor. A natação se despediu do Sul-Americano Absoluto de Belém na noite de sábado, dia 17 de Março, com 40 recordes de campeonato batidos (19 superados por brasileiros e mais um recorde brasileiro) e 51 medalhas (26 de ouro, 19 de prata e 6 de bronze).

Assim como o revezamento medley no dia anterior, o 4x100m livre derrubou uma marca que já durava 12 anos. O quarteto formado por Glauber Silva, Bruno Fratus, Cesar Cielo e Henrique Rodrigues fez 3m20s07, deixando para trás a marca do time brasileiro de 2000 (3m21s67), em Mar del Plata.

A clássica prova dos 100m livre masculino trouxe muita adrenalina para o público de mais de mil pessoas que lotou a piscina da Esef. Cesar Cielo e Bruno Fratus, respectivamente nas raias dois e sete, protagonizaram uma prova eletrizante que deu a vitória ao primeiro (48s70) com a terceira melhor marca do ano.

O tempo de Cielo melhora também o recorde de campeonato (49s62) que foi batido há exatos dez anos (17/03/2002), no mesmo local, pelo baiano Edvaldo Valério. Bruno (49s69) veio em seguida e o argentino Federico Grabich (49s77) ficou no pódio de bronze.

"Estou muito satisfeito com a competição. Foi bom e mostra que o trabalho está dando muito certo. De novo com a dobradinha com o Bruno, que é bem legal e acho que a gente vai dar trabalho aí pra frente. Agora eu volto pra São Paulo pra continuar trabalhando. Espero chegar no Maria Lenk (Campeonato Brasileiro Absoluto, em maio) com 99 % das forças e vamos deixar os 100 pras Olimpíadas. Agora é continuar trabalhando para chegar na melhor forma em Londres", disse Cielo.

Bruno Fratus concorda com Cielo quando o assunto é a dupla mais rápida do país na água. "Acho que sou do tipo que prefere treinar e competir o ano inteiro quietinho, sem mandar recado para ninguém. O Cielo também não precisa disso porque todo mundo conhece o potencial dele. Nós estamos ensaiando bem a dobradinha, acho que tá dando certo!", afirmou Bruno, que admitiu que seu treinamento está todo voltado para os 50m livre conscientemente, e com isso, os 100m livre fica um pouco prejudicado, "mas na raça pretendo estar no reveza 4x100m livre, que tem tudo para ser finalista olímpico".

Thiago Pereira (4m24s49) também foi ouro nos 400m medley, seguido por Esteban Salgado (4m24s97), do Equador, e Esteban Paz (4m31s09), da Argentina. "Eu fiquei bem cansado, mas foi boa a competição, bom treinamento. Agora eu volto a me preparar e vou estar no Maria Lenk. Espero representar bem o Corinthians e lá vai dar bem para saber como vou estar lá para Londres", analisou Thiago.

A venezuelana Arlene Semeco venceu a primeira prova do dia, os 50m livre (25s21). O tempo dela é melhor que o índice da FINA para os Jogos Olímpicos (25s27) e a Venezuela está usando o Sul-Americano no Brasil como competição válida para obtenção de índice. Graciele Hermann foi a segunda (25s31).

"Eu acho que nadei bem, fiz o melhor que eu pude, agora acabou, mas eu estou pensando em Londres, com a cabeça toda nas Olimpíadas", disse Graciele. Daniel Ozerchowski (25s56) levou a melhor na disputa dos 50m costas. Glauber Silva escorregou na largada e terminou com a quarta colocação (26s31). Federico Grabich (25s62), da Argentina, levou a prata e o colombiano Omar Pinzón (26s19) ficou com o terceiro posto.

"É o meu primeiro ouro em Sul-Americano Absoluto e estou satisfeito por ainda não estar com velocidade. Ainda não fizemos a transição da base para o específico no treinamento", explicou Daniel. A fundista Cecília Biagioli (16m40s24), da Argentina, venceu os 1500m livre. A brasileira Carolina Bilichi (17m02s20) ficou feliz por ter conseguido seu melhor tempo, mas pretende abaixar dos 17 minutos no Maria Lenk. A equatoriana Samanta Salinas ficou com o bronze (17m15s65).

Os 200m peito foram vencidos por Jorge Valdes (2m14s88), da Colômbia, com Henrique Barbosa (2m15s33) e o argentino Facundo Miguelena (2m17s98) no bronze. "Comecei no ritmo que eu tenho que fazer nessa fase do treinamento. Eu sou um cara mais forte, mais pesado, e quando eu não estou raspado fica pesado mesmo no final. Mas faz parte. Consegui melhorar meu tempo. Parabéns para o colombiano também que está representando o país dele e ainda bem que teve ele porque nadar sozinho é muito chato. Foi um bom tempo fora de época", explicou.

Na versão feminina dos 100m costas deu Carolina Henao (1m02s57), da Colômbia, com Natalia Diniz (1m03s19) e Etiene Medeiros (1m03s75) na prata e bronze. "Acho que dava para ter ido melhor aqui, mas para primeiro Sul-Americano até que foi razoável meu desempenho", resumiu Natalia.

Ana Carvalho venceu mais uma. Ela chegou na frente dos 100m peito (1m10s93) e estava muito feliz pelo desempenho na competição. "Para mim, a competição foi altamente positiva. Fiz bons tempos numa época que ainda não estou em forma. Saio daqui muito feliz", disse a brasileira.

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