Com finais às 22h, Brasil inclui "clínica do sono" em aclimatação

Nicolas Oliveira / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - A preparação dos nadadores brasileiros para a Rio 2016, segundo o superintendente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Ricardo de Moura, está se antecipando a todos os possíveis detalhes que possam fazer a diferença na piscina. 

Um desses detalhes, que preocupa, são as finais da natação, que serão disputadas todos os dias a partir das 22h da noite, horário bastante incomum. Para isso, os atletas terão como parte da aclimatação uma "clínica do sono", em que serão habituados à inversão de horários, por exemplo. 

"Finais às 22h vai ser um fator que vai pesar. Esse cansaço já está previsto na aclimatação", afirma Ricardo. "Haverá exposição à luz do dia quando não tem mais luz do dia, óculos especiais", detalha, sobre a clínica do sono. 

Nicolas Oliveira, veterano em Olimpíadas - essa é sua terceira edição - e líder do revezamento 4x100m do Brasil, explica porque o horário é ruim. "A temperatura corporal já está diminuindo neste horário, então não é muito bom", destaca. 

O nadador, que também cairá na piscina para os 100m livre, espera brigar de frente com Austrália, Rússia, Estados Unidos e França, os quais ele considera referências no revezamento. 

"Eu não trocaria uma medalha individual por uma conquistada em grupo. Você estar representando o seu país é uma honra que não tem nem como descrever", finaliza Nicolas. 

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