Training Camp da Seleção de saltos é aberto oficialmente

Período de treinos para 24 atletas da seleção ocorre no Centro de Excelência da UnB, que conta com a melhor estrutura do país para a modalidade / Foto: Paulino Menezes / ME

Rio de Janeiro - O Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB) está sempre movimentado: a rotina de treinos envolve 30 crianças da base e quatro atletas do Alto Rendimento, incluindo Hugo Parisi, que já participou de três edições de Jogos Olímpicos. Mas, nesta semana, o centro também é a casa da Seleção Brasileira da modalidade.
 
A abertura oficial do 2º Training Camp foi realizada nesta segunda-feira (19.01), com a presença do ministro do Esporte, George Hilton, do secretário nacional de Alto Rendimento da pasta, Ricardo Leyser, do reitor da UnB, Ivan Camargo, e da secretária de Esporte e Lazer do Distrito Federal, a ex-jogadora de vôlei Leila Barros.
 
“O projeto do Ministério do Esporte passa pelo esporte educativo, pelas parcerias com universidades como a UnB, para que não só o Alto Rendimento tenha excelência, mas para que em todos os cantos do país haja crianças na prática esportiva”, disse o ministro George Hilton.
 
“A partir do momento em que o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos, em outubro de 2009, o Esporte conseguiu a atenção que tanto reivindicou, transformando o Alto Rendimento, criando a Rede Nacional de Treinamento, mas também apoiando a base. Aqui treinam atletas que vão nos representar não só em 2016, mas em 2020, 2024 e talvez até 2028”, acrescentou Ricardo Leyser.
 
Após a cerimônia de abertura, os atletas – tanto da base quanto da Seleção – fizeram uma apresentação de saltos individuais e sincronizados. Durante a semana, eles farão exames físicos, testes psicológicos, preparação física, treinamentos estratégicos e terão atividades livres com seus treinadores.
 
“São 16 atletas da seleção principal e trouxemos mais oito atletas da seleção juvenil, além de oito técnicos, psicólogo, fisioterapeuta, massagista, uma equipe completa. E a estrutura daqui é a mesma que tem na China, na Rússia, no México, as grandes potências. Isso faz toda a diferença, porque hoje os nossos atletas não precisam sair do Brasil para treinar”, disse o coordenador técnico da Seleção Brasileira e coordenador do Centro de Excelência, Ricardo Moreira.
 
Integração - Para Hugo Parisi, o mais importante do período de treinamento é o fortalecimento do sentimento de coletividade. “O principal objetivo é a troca de informações e criar o que, na minha opinião, ainda falta um pouco, que é o espírito de equipe”, disse.
 
“É um evento essencial para integração dos melhores atletas com os técnicos, aproveitando uma estrutura que nem todo mundo tem no dia a dia. Esse tipo de treinamento tem que ser periódico”, reforçou Giovani Casilo, integrante da Comissão de Treinadores da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e um dos pioneiros da modalidade no país.
 
O Brasil já tem vaga garantida nas disputas de saltos sincronizados nos Jogos Olímpicos Rio 2016, mas é necessário garantir lugar nas provas individuais. Duas competições de 2015, ambas em julho, dão essa chance aos atletas: o Mundial de Desportos Aquáticos de Kazan (Rússia), quando os 12 finalistas garantirão vaga nas Olimpíadas, e os Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá), que carimba o passaporte para 2016 do vencedor de cada prova olímpica.
 
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