Adidas rompe contrato de US$ 30 milhões com Iaaf após escândalo

Lamine Diack, ex-presidente da Iaaf, deposto sobre acusação de corrupção / Foto: Jonathan Ferrey / Getty Images

Rio de Janeiro – O primeiro grande baque sofrido pelo atletismo mundial deve ser sentido nos próximos dias. A principal patrocinadora da Iaaf (Associação das Federações Internacionais de Atletismo), a gigante de vestuário esportivo Adidas, rompeu o contrato milionário que tinha com a entidade. As informações são da BBC.
 
O termo, que estava previsto para encerrar apenas em 2019, daqui a quatro anos, teve início em 2008. O valor oficial seria de US$ 33 milhões mas, segundo a BBC, envolveria cifras maiores, em torno de US$ 8 milhões por ano em dinheiro e produtos esportivos.
 
Calcula-se que a Iaaf sofrerá, então, um déficit de US$ 30 milhões, algo em torno de R$ 123 milhões. Nenhuma das partes confirmaram oficialmente a quebra de contrato mas tudo indica que ele se dará por conta do escândalo de controle de doping em que a entidade se afundou.
 
Divulgado no fim de novembro, um relatório da Wada (Agência Mundial Antidoping) revelou um esquema de acobertamento de casos de doping protagonizado pelo governo russo, juntamente com órgãos de atletismo do país. O resultado foi a suspensão da Rússia das competições da modalidade.
 
Neste ano, na divulgação da segunda parte do relatório da Wada, o presidente da Iaaf, Sebastian Coe, fez mea-culpa e disse que a corrupção “não pode ser atribuída somente a algumas maçãs podres que atuam de forma isolada”, já que a Iaaf não “foi firme com uma série de países, incluindo a Rússia”.
 
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