Bolt lamenta Cielo fora e confessa: fracasso é o que mais teme

Usain Bolt: há três Olimpíadas no auge / Foto: Divulgação / Nissan

Rio de Janeiro – Até o homem mais rápido do mundo e bicampeão mundial e olímpico dos 100m e dos 200m rasos teme o fracasso. Questionado pelo repórter do Globoesporte.com, Luciano Ribeiro, sobre o que mais lhe amedronta, Usain Bolt confessou sua fraqueza. “Na vida? Só o fracasso realmente”, afirmou.
 
A possibilidade de uma derrota no fim da carreira, como aconteceu na última quarta-feira com César Cielo, que deixou para trás sua chance de disputar as Olimpíadas do Rio ao fazer apenas o terceiro melhor tempo dos 50m livre (o Brasil só pode levar dois atletas por prova), deixa Bolt com medo. Mas ele não liga para os outros fatos que vêm tomando conta do noticiário acerca das Olimpíadas, como o surto de zika vírus.
 
Bolt e Cielo têm em comum, além da alcunha de mais rápidos do mundo – um na pista e o outro na piscina -, terem conquistado seu primeiro ouro olímpico juntos, nos Jogos de Pequim, em 2008. Diferente do brasileiro, porém, o jamaicano conseguiu se manter no topo nos últimos oito anos e tentará, na Rio 2016, o inédito tricampeonato olímpico.
 
“É duro. O esporte não perdoa. Algumas vezes você consegue, em outras, não. Já passei por momentos difíceis. Uma das coisas boas do ano passado é que eu não tive de ir para as seletivas nacionais. Talvez, se tivesse ido, poderia ter tido algum tipo de problema”, pontua Bolt.
 
“Algumas vezes você vai ter sorte, em outras a sorte não vai estar do seu lado. Como eu disse, esporte não perdoa. É uma daquelas coisas que são tristes, mas o que você pode fazer? Você tem que lidar com isso. Tomara que ele consiga entender isso para continuar tentando recuperar confiança e trabalhar para seu próximo desafio”, aconselha o velocista.
 
Pela sua busca pela perfeição, Bolt planeja parar em 2017, no Mundial de Londres. Quer, obviamente, ser lembrado como aquele que nunca fraquejou e que venceu a tudo e a todos.
 
“Eu tenho respondido a essa pergunta todo dia. Eu me pergunto se deveria continuar. Se eu perdesse por causa de uma lesão, provavelmente continuaria. Mas se estiver no meu melhor e for vencido, não faria sentido continuar por mais quatro anos, o que significaria ir caindo a cada ano. Mas eu não vou perder”, finaliza Bolt.
 
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