Brasil conquista oitavo título do Ibero-Americano

Brasil vence o 4x100 m feminino com novo recorde do campeonato / Foto: Marcelo Machado / CBAt

Rio de Janeiro - O Brasil conquistou na tarde deste domingo dia 3 o oitavo título em 16 edições do Campeonato Ibero-Americano Caixa de Atletismo, disputado no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, em São Paulo. A equipe somou 48 medalhas, sendo 16 de ouro, 17 de prata e 15 de bronze. A Colômbia terminou em segundo lugar no quadro geral, com 14 (5, 6 e 3), seguida do México, com 9 (5, 2 e 2). A competição, que reuniu 365 atletas de 24 países, começou na última sexta-feira pela manhã.
 
O próximo Ibero-Americano será disputado em 2016, no Rio de Janeiro, e será evento-teste oficial do torneio de Atletismo para a organização dos Jogos Olímpicos.
 
O Brasil teve bons resultados, como no lançamento do dardo, Jucilene Sales de Lima e Laila Ferrer, por exemplo, que fizeram dobradinha. Jucilene venceu com 61,71 m, sua melhor marca da temporada, seguida de Laila, com 58,12 m. A colombiana Flor Denis Ruiz ficou em terceiro lugar, com 57,31 m. "O ouro é sempre bem-vindo. Foi a melhor marca do ano e espero melhorá-la em Belém no GP Brasil", comentou a paraibana, referindo-se à competição do próximo dia 10.
 
Outra dobradinha foi registrada no salto triplo, com vitória Jonathan Henrique Silva, com 16,84 (1.3), e segundo lugar de Kauam Kamal Aleixo, com 16,79 m (1.5). O mexicano Alberto Alvarez Munhoz terminou em terceiro, com 16,31 m (0.7). "Fiquei perto da minha melhor marca do ano (16,94 m) e feliz pelo título. Agora é buscar o índice para o Mundial de Pequim, no ano que vem", completou.
 
Novo recorde - A equipe brasileira venceu ainda os revezamentos feminino e masculino dos 4x100 m. A equipe formada por Vanusa Santos, Ana Cláudia Lemos, Franciela Krasucki e Rosângela Santos completaram a prova em 42.92, novo recorde do Campeonato Ibero-Americano. O anterior era de Cuba, com 43.68, desde 2004, em Huelva, na Espanha. "Conseguimos o melhor resultado do ano e, com certeza, temos tudo para correr bem melhor, abaixo dos 42.29, nosso recorde sul-americano", lembrou Rosângela.
 
Na prova masculina, Luís Gabriel da Silva, Jefferson Lucindo, Aldemir Gomes Júnior e Jorge Henrique Vides garantiram o ouro, com 39.35. "Os treinos desta semana foram fundamentais. O Luís Gabriel travou um pouco e eu tive tranquilidade para esperá-lo. Compensamos a desaceleração inicial com um bom final. Correr em equipe é especial", comentou Jorge Henrique, que sai do torneio com duas medalhas de ouro e uma de prata. "Estou extremamente feliz com a competição."
 
No arremesso do peso, nos 5.000 m e no lançamento do dardo, outras três medalhas de prata, com Darlan Romani (19.64 m), Cruz Nonata (16:02.40) e Júlio Cesar de Oliveira (78,04 m), respectivamente. "Saio feliz com o resultado e principalmente com a medalha", comemorou Cruz Nonata.
 
Nos 1.500 m, Juliana Paula Gomes dos Santos, que havia ganho ouro nos 3.000 m, ficou com bronze, com 4:16.48, numa chegada acirrada. "Estou feliz, gostei do resultado, mas pena que duas atletas que estavam na minha frente caíram. Não gosto disso pra mim nem pra ninguém", comentou. A colombiana Muriel Coneo Paredes ficou com o ouro (4:14.42) e a prata foi para a mexicana Cristina Guadalupe Guevara (4:16.09).
 
No salto em altura, Guilherme Henrique Cobbo ficou com o bronze. "Consegui a vaga para o Ibero na última seletiva e passei bem pelos 2,24 m. A tendência é melhorar", comentou. O ouro foi para o mexicano Edgar Alejandro Rivera, com 2,28 m, seguido do porto-riquenho Luis Castro Rivera, com 2,26 m.
 
Nos 1.500 m masculino, os brasileiros se envolveram numa queda a pouco mais de 200 m da chegada. Thiago André e Lutimar Paes precisaram ser atendidos pelo departamento médico, com algumas escoriações. O venezuelano Marvin Fran Blanco (3:43.88) formou o pódio com o espanhol Alvaro Rodriguez (3:43.91) e o chileno Ivan Lopez (3:45.59).
 
No evento, caíram cinco recordes do Campeonato e dois recordes brasileiros.