Cearense Ana Cláudia Silva e alagoano Bruno Lins vencem os 100 m do Troféu Brasil Caixa

Bruno Lins (807) ganha ouro nos 100 m e Diego Cavalcanti (689) leva a prata / Foto: Wagner Carmo/CBAtSão Paulo - Os nordestinos voltaram a dominar a prova dos 100 m, considerada uma das mais importantes do esporte, no Troféu Brasil Caixa de Atletismo, no Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, em São Paulo. A cearense Ana Cláudia Silva (BM&FBovespa) confirmou o seu favoritismo e venceu com 11.34 (1.7), enquanto o alagoano Bruno Lins (FCTE) superou adversários fortes para ganhar no masculino, com 10.25 (0.1).

Campeã sul-americana e com índice para representar o Brasil no Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, e no PAN do México, Ana Cláudia comemorou a vitória, embora não tenha gostado do resultado. "Queria fazer a melhor marca da minha vida, mas não consegui. Estou contente pela vitória", disse a recordista da América do Sul com 11.15.

Criada em Criciúma, em Santa Catarina, Ana Cláudia promete tentar melhorar seu recorde agora no Mundial de Daegu, a partir do dia 27 de agosto, na Coreia. "Lá estarei no auge da minha forma e, com certeza, mais rápida. Acho que teremos boas chances de brigar por medalha no revezamento", comentou a atleta de 22 anos.

Rosângela Santos (Silveira Sampaio) chorou ao cruzar a linha de chegada em segundo lugar, com 11.36, o melhor tempo de sua vida. Nascida em Washington (EUA) e criada no Rio de Janeiro, a atleta fez um desabafo emocionado. "Perdi os últimos dois anos de minha carreira por causa de contusões. Estava muito desanimada e pensei seriamente em parar", lembrou a velocista de 20 anos, uma das maiores promessas da modalidade. "Resolvi dar uma guinada na minha vida, troquei de clube e de treinador e tudo deu certo. Acho que vou para o revezamento do Mundial."

Alegria em dobro - Se Ana Cláudia era a favorita no feminino, Bruno Lins superou atletas muito fortes para ganhar a medalha de ouro. Depois de dois anos afastado do esporte, ele vibrou muito, extravasou a alegria com gritos e se jogando na pista. "Voltar a vencer é muito bom. Não consegui consegui o índice de 10.15 nos 100 m, mas agora vou tentar a marca dos 200 m (20.43)", disse, todo sorridente.

O potiguar Diego Henrique Cavalcanti (Potiguar) surpreendeu ao conquistar a medalha de prata, com 10.37. Com apenas 20 anos e disputando o 1º Troféu Brasil da carreira, ele teve de superar um adversário muito especial: o frio de 16 graus. "Entrei na prova cansado de tanto me aquecer. É a primeira vez que sinto um frio desses, mas a alegria pela medalha compensa tudo", disse o atleta, que treina no CAIC Magnólia Figueiredo, em Natal. "Acho que não poderia ter tido uma estreia melhor na competição", afirmou, ao receber os cumprimentos do técnico e presidente da Federação do Rio Grande do Norte, José Figueiredo.

Nilson André (BM&FBovespa), campeão sul-americano na Argentina, e líder do Ranking Brasileiro (10.18), ficou com a 3ª posição, com 10.38. "O objetivo era a vitória e com um tempo bem melhor. Infelizmente não deu. Tenho os 200 m pela frente."