Darlan Romani vence e supera o índice do Mundial de Londres pela 4ª vez

No segundo dia de competições em São Bernardo do Campo, neste sábado (10/6/2017), B3 Atletismo também levou ouros com Thiago André, Érica de Sena, Paulo Sérgio Oliveira, Tatiane Raquel da Silva e 4x100 m masculino / Foto: Osvaldo F./B3 Atletismo

São Paulo - Darlan Romani, da B3 Atletismo, conquistou mais um título do Troféu Brasil no arremesso do peso, neste sábado (10/6/2017), na Arena Caixa. Recordista sul-americano e finalista olímpico da prova, o catarinense ganhou o ouro com a marca de 20,59 m, quarta vez na temporada em que superou o índice para o Mundial de Londres, que é 20,50 m. 
 
Há uma semana, na mesma pista em São Bernardo do Campo, Darlan bateu o recorde sul-americano do peso com a vitória no Grande Prêmio Brasil de Atletismo. O resultado de 21,82 m colocou o brasileiro na quinta posição do ranking mundial da prova.
 
Darlan explicou porque houve uma diferença nos resultados apesar do espaço curto de tempo. "Eu disputei o GP após uma semana de baixa intensidade nos treinamentos. Nesta semana, a intensidade foi super alta, o volume, o número de arremessos foi pesado, estou me sentindo cansado. Comecei mal na competição, mas no fim da prova me achei. Isso me deu um gás a mais e fiz um bom resultado", contou. "Mas o importante é que eu continuei na minha média. Lancei mais uma vez acima de 20,50 m, o que mostra que estou no caminho certo. Até agora, tem saído tudo o que era para sair."
 
O arremessador agora tem uma série de compromissos fora do Brasil. Viaja no fim do mês para a disputa do Campeonato Sul-Americano, de 23 a 25 de junho, em Assunção, no Paraguai. Na sequência, voa para a Suíça, onde ficará até o Mundial de Londres. Neste período, já tem duas competições confirmadas: as etapas de Lausanne (6/7) e Rabat (16/7) da Diamond League.
 
Ouros também nos 1.500 m, marcha, 4x100 m, distância e obstáculos
 
Thiago do Rosário André, que já tem índice dos 800 m e 1.500 m para o Mundial de Londres, venceu os 1.500 m com 3min45s42. "O que valia hoje era a vitória para a B3 Atletismo. Fiz uma primeira parte da prova com velocidade adequada, para fechar forte no final. Saí para puxar a prova, bem tranquilo, e esperei os últimos 400 m para abrir e apertar."
 
Thiago disse que seu foco no Mundial são os 800 m - alcançou o índice, em março, com 1min45s65, recorde pessoal. Mesmo assim, bateu o recorde sul-americano sub-23 nos 1.500 m que pertencia a Joaquim Cruz desde 1985 (a marca era 3min35s70 e Thiago fez 3min35s28 no Nijmegem Global Athetics, na Holanda). "Na verdade, eu só vi quando a Confederação Sul-Americana divulgou. E isso, para mim, é uma honra, ainda mais por ser de uma pessoa como o Joaquim Cruz. E no lançamento do livro que conta a história dele (Matador de Dragões), ele me disse: 'É sonhar, decidir e executar'. São palavras que não sairam mais da minha cabeça."
 
Nos 20 km da marcha atlética, Érica de Sena conquistou seu sétimo título consecutivo do Troféu Brasil. Com tranquilidade, superou o percurso no circuito de rua em 1h37min34. "Eu faço questão de disputar o Troféu, é a minha ligação com o Brasil, e somei pontos importantes para a B3 Atletismo", afirmou a marchadora, que vive em Cuenca, no Equador. 
 
A B3 Atletismo também comemorou a vitória no revezamento 4x100 m masculino. O grupo, desfalcado de Vítor Hugo dos Santos, em processo de recuperação de lesão, superou a ausência do velocista com o decatleta Felipe dos Santos, último homem a receber o bastão. Junto de Felipe, Gustavo Machado dos Santos, Antônio César Rodrigues e Ailson Feitosa completaram a volta na pista em 39s92.
 
No salto em distância, Paulo Sérgio de Oliveira enfrentou uma acirrada disputa com Tiago da Silva, do Pinheiros. Ambos saltaram 7,77 m, mas, no desempate, o atleta da B3 ficou com o ouro por ter a segunda melhor marca (7,64 m). Tatiane Raquel da Silva também foi campeã nos 3.000 m com obstáculos (10min22s00).

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