Danilo Carvalho se destaca em conquista inédita do DF no basquete dos Jogos Escolares

Armador foi o cestinha na decisão. Gerentes de seleções da CBB acompanham decisão in loco / Foto: Washington Alves/Exemplus/COB

Curitiba - Cestinha da partida com 13 pontos, o armador Danilo Carvalho foi o destaque na vitória do Colégio Santa Dorotéia, de Brasília (DF), sobre o Colégio Santa Mônica, do Rio de Janeiro (RJ), por 42 x 36, nesta quinta-feira, no ginásio Ney Braga, em São José dos Pinhais (PR).
 
O resultado garantiu ao time candango a medalha de ouro no basquete masculino dos Jogos Escolares da Juventude Curitiba 2017. Na disputa pelo bronze, o Colégio Mauá (RS) venceu o Colégio Estadual Jardim Europa, de Toledo (PR).
 
A vitória inédita do Colégio Santa Dorotéia na competição para jovens atletas de 12 a 14 anos foi alcançada depois de muita luta. A equipe carioca, que conquistou a medalha de prata pelo segundo ano consecutivo, abriu dez pontos de vantagem no início do jogo e parecia que levaria a vitória facilmente.
 
“Começamos mal no jogo. Os cariocas abriram 10 x 0 e aos poucos fomos melhorando. Jogamos muito bem no terceiro e no quarto períodos. Começamos a jogar mais fechados na defesa para parar os pivôs do Rio e a tática deu certo”, disse Danilo, de 13 anos, que não costuma ser o cestinha da equipe. “Quando tenho oportunidade uso a infiltração. Além dos arremessos de longa distância”. Dos 13 pontos anotados por Danilo, nove vieram em cestas da linha dos três.
 
A equipe candanga é treinada pelo técnico Ricardo Oliveira, que já comandou o Sport Recife na Liga Nacional de basquete. Já a equipe carioca conquistou a medalha de prata pelo segundo ano consecutivo. Comandado por Agostinho Ferreira, de 53 anos, e que vai completar em outubro, 31 anos trabalhando na base do basquetebol brasileiro e também dirige o time sub-14 do Tijuca Tênis Clube. “Não largo essa categoria por nada, é a melhor faixa etária para trabalhar o basquete”, disse Agostinho.
 
A equipe carioca contou com apenas um remanescente do time vice-campeão no ano passado: Gabriel Hurtado. Nesse ano, Gabriel teve a companhia do irmão gêmeo João Hurtado. Os dois são filhos do ex-jogador de basquete Mingão, que atuou no Vasco.
 
Na arquibancada, a Embaixadora dos Jogos Escolares, Iziane, acompanhou todos os lances do jogo. Dois profissionais da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) também estavam presentes: o gerente da seleção brasileira masculina, Renato Lamas Pinto, medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos Santo Domingo 2003; e a gerente da seleção feminina, Adriana Santos, campeã mundial pela seleção feminina em 1994, ao lado de Hortência, Magic Paula, Marta, Janeth, entre outras.
 
Aos 39 anos, Renato encerrou a carreira em 2014, quando atuava pelo Limeira. “Antecipei a minha aposentadoria em um ano. Me ofereceram um cargo de gerente na equipe e retribuí a confiança parando um pouco mais cedo”, disse. Ele observou atentamente os jovens atletas que disputam os Jogos Escolares da Juventude, além de conversar com os técnicos das equipes.
 
“Muitas vezes não importa se um jogador foi o cestinha da competição. A gente tem que enxergar uma projeção. Observo a personalidade do atleta, o biótipo dos meninos, é uma análise muito ampla. O Eduardo Klafke (filho do ex-jogador da seleção Rogério Klafke e que defendeu o Colégio Mauá, do Rio Grande do Sul), por exemplo, tem apenas 12 anos, mas é um menino extremamente interessante. Tem boa noção de espaço dentro da quadra, enxerga o jogo, um biótipo apropriado. A gente observa ainda como é a conduta dos técnicos com os meninos, a maneira como o time joga. São realmente muitos fatores que influenciam”, explicou.
 
Adriana Souza também destacou as conversas que teve com alguns técnicos comandantes de equipes nos Jogos Escolares. “Eu já conhecia o Guilherme Vos e o Márcio do Colégio Amorim (técnicos das equipes masculina e feminina de São Paulo), e passei a conhecer o trabalho que a Bruna faz no time de Blumenau (SC), por exemplo. Uma equipe bem estruturada, bem treinada. É importante ficar de olho nos técnicos, conhecer o trabalho que está sendo desenvolvido por todo o país, a didática. A seleção feminina está em processo de renovação e é importante ficar de olho em tudo”, afirmou Adriana.
 

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