“Nunca vi uma situação como essa”, diz técnico sobre boicote

Barbosa, técnico da seleção feminina de basquete, disse estar espantado com boicote / Foto: Divulgação / CBB

Rio de Janeiro – O polêmico boicote promovido por um colegiado de clubes brasileiros de basquete à seleção feminina espantou não só quem está de fora do mundo do esporte. Antônio Carlos Barbosa, técnico da seleção feminina de basquete do Brasil, não conseguiu esconder o ineditismo do boicote que sete atletas protagonizaram, recusando o chamado para os treinos do evento teste da modalidade.
 
"Eu não só nunca peguei, como nunca vi. Realmente, na história do basquete feminino, eu nunca vi uma situação como essa de agora. E isso em um momento de profissionalismo, porque antigamente era coração. Hoje, é profissionalismo. É de se estranhar uma situação dessas", declarou.
 
A questão envolve a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e o colegiado de clubes da Liga de Basquete Feminino (LBF). As equipes afirmam discordar da maneira como a CBB vem lidando com a seleção feminina e reclama de falta de diálogo. A proposta dos clubes é que os técnicos das seis agremiações participem na convocação e planejamento do time brasileiro.
 
Com isso, orientadas por seus clube, sete atletas convocadas pela CBB pediram dispensa, alegando “problemas pessoais”. Adrianinha, Tainá, Tatiane, Gilmara, Joice, Jaqueline e Tássia desistiram de defender o Brasil no evento teste, que vai de 15 a 17 de janeiro.
 
"Não é clubes e jogadores, clube é uma coisa, jogadores é outra. As jogadoras estão sendo obrigadas a não aceitar a convocação. Todas queriam estar aqui, algumas deixaram claro nas declarações. A Adrianinha deixou muito claro que queria estar aqui. Infelizmente, não tem porque ter retaliação", continuou Barbosa.
 
O boicote levou a CBB a fazer uma convocação extra mas, mesmo assim, ainda não conseguiu definir um grupo de 12 atletas. "Infelizmente, foi uma situação que fugiu do nosso controle. Ficamos na expectativa que o bom senso, que é a palavra da moda, prevalecesse, e as meninas fossem liberadas para se apresentar. Isso não ocorreu e começamos a fazer a nova convocação", garante o técnico.
 
Barbosa espera trabalhar com a equipe completa, ou seja, com 12 convocadas.
 
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