Única a furar boicote à seleção, Clarissa se defende: “vim representar o Brasil”

Clarissa, jogadora de 27 anos da seleção, se recusou a boicotar equipe nacional / Foto: Celio Messias / Inovafoto / Divulgação

Rio de Janeiro – Das 12 jogadoras convocadas para o evento teste do basquete, que começa no próximo dia 15 de janeiro, nove pertencem a três clubes de um colegiado que está em intenso atrito com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Orientadas diretamente por seus clubes a boicotarem a seleção, a maioria das jogadoras seguiu a diretiva da equipe local.
 
Dessas nove atletas, sete se recusaram a defender a seleção brasileira depois de convocadas pelo técnico Antônio Carlos Barbosa, alegando “problemas pessoais”. Damiris, do Corinthians, pediu dispensa por lesão. Restou Clarissa, a única que se recusou a deixar de defender a seleção, e por um motivo bem claro.
 
"Não teve questão de ser induzida ou não a comparecer. Acho que as questões já foram resolvidas. As minhas companheiras não apareceram, mas cada um tem sua particularidade. Eu posso responder por mim, e eu vim e quero representar bem o Brasil", declarou a jogadora do Corinthians/Americana.
 
Joice e Gilmara, suas companheiras de equipe durante a última edição da Liga de Basquete Feminino (LBF), aderiram ao boicote à seleção brasileira."Cada um tem sua particularidade. Eu respondi por mim, elas responderam por elas. Ninguém conversou e induziu ninguém. Todo mundo bem, cada um respeitou sua particularidade, a vida que vai seguir", emendou Clarissa.
 
A atleta se recusou a confirmar orientação de boicote de seu clube às jogadoras. "Foram colocadas algumas questões. Se os pedidos foram feitos ou não, não tem mais que falar sobre isso. É mais a questão do dia a dia mesmo, que eu me propus a vir pra cá, fazer bons jogos. O foco agora é esse. A questão é defender o basquete feminino. Não abro mão de defender o basquetebol no Brasil", disse.
 
Clarissa ainda disse que não precisou enfrentar os dirigentes do Corinthians para estar presente nos treinos da seleção."Eu tive que só seguir aquilo que eu acredito que é o certo, na minha cabeça, que é jogar basquete. Sou paga para jogar basquete, sou motivada a jogar basquete. Então, quando tiver a oportunidade de jogar, eu venho e jogo", concluiu.
 
Veja Também: