Joedison Teixeira passa pela estreia entre os meio-médios ligeiros

Chocolate, como também é conhecido, derrotou pugilista da Argélia / Foto: Alexandre Bittencourt/COB

Rio de Janeiro - O pai, Joceval Lima Teixeira, estava presente no Pavilhão 6 do Riocentro para assistir à estreia de Joedison Teixeira, o Chocolate, nos Jogos Olímpicos Rio 2016 na tarde desta quinta-feira, 11 de agosto.
 
Um torcedor de peso, responsável pelo ingresso do filho no boxe. E o pugilista não decepcionou: venceu o argelino Abdelkader Chadi por pontos na categoria meio-médio ligeiro (até 64kg) e volta ao ringue no domingo, 14 de agosto, às 19h (horário de Brasília), contra o turco Batuhan Gozgec.
 
“A ansiedade estava a mil. Foi o que me motivou mais, além de ouvir a torcida e ter meu pai por perto. No primeiro round, eu não estava tão bem, mas ouvi a voz do meu pai gritando: ‘Olha a distância! Olha a distância!’. Aí me encontrei. Essa era uma estratégia que tínhamos traçado, porque esse adversário é faltoso e vem com a cabeça. Com essa torcida e meu pai perto, enfrento qualquer adversário. Participar desses Jogos Olímpicos em casa me dá uma adrenalina que só me fortalece”.
 
Joceval queria que o filho lutasse boxe desde que Joedison tinha oito anos, mas, à época, o garoto não se interessou. “Mas meu pai trabalhava muito, tinha dois empregos de segurança. Ele treinava e lutava nas horas vagas e me levava para junto. Esses eram os únicos momentos de pai e filho que tínhamos. Eu tinha 11 anos quando ele perdeu uma luta e desistiu do boxe. Foi quando decidi começar, para manter esses momentos. Ele me levava aos treinos”.
 
A relação entre pai e filho resultou em um pugilista concentrado e uma das esperanças de pódio do Brasil, segundo o técnico da equipe brasileira, Claudio Aires: “o trabalho com ele e os outros é bem feito, de muitos anos. Não estamos aqui só para participar, estamos em busca de medalhas”.

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