Isaquias dispensa psicólogo e quer recorde: 3 medalhas olímpicas

Isaquias Queiroz / Foto: CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem)

Rio de Janeiro – Até hoje, depois de quase um século enviando delegações para os Jogos Olímpicos, nunca um atleta brasileiro conseguiu conquistar três medalhas em uma mesma edição das Olimpíadas. Quem chegou mais perto foi o nadador Gustavo Borges, que em Atlanta 1996 conquistou prata nos 200m livre, bronze nos 100m e um quarto lugar no revezamento 4x100m.
 
Mas, na Rio 2016, um atleta se propõe a essa “gula”. Isaquias Queiroz, eleito o melhor atleta do país entre todas as modalidades pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), pretende repetir as duas medalhas conquistadas no Mundial de Canoagem de 2015 (ouro no C2 1000m, com Erlon Souza e bronze no C1 200m), acrescido de mais um outro pódio.
 
“Vou ser guloso, queria três medalhas olímpicas. Pela programação das Olimpíadas, dá para fazer isso, já que nenhuma das provas será no mesmo dia. Sei que vai ser difícil, mas seria um bom presente para o ano que vem”, declara o canoísta.
 
No Mundial o baiano não disputou sua principal prova, a canoa individual 1000m, para focar na vaga olímpica do país nos 200m, que conseguiu, mesmo não sendo sua especialidade.
 
“Em relação a pressão, eu não sinto nada. Sei que se eu treinar tudo que precisa, vou conseguir o resultado que espero. Não tenho trabalho psicológico, nem nada”, garante Isaquias, que é um dos principais pilares para que o COB atinja a meta de colocar o Brasil entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas da Rio 2016.
 
Isaquias não poupa elogios ao técnico da equipe, o espanhol Jesus Morlán. “O Jesus é o cabeça do grupo, todo o trabalho que ele tem feito com nossa equipe é um sucesso. A gente vai continuar treinando em Lagoa Santa (interior de Minas Gerais), não pensamos em mudar para o Rio. Lá é mais tranquilo e as condições são parecidas”, explica.
 
Até 2016, a expectativa é que Isaquias reme mais de 4 mil km nos seus treinos para os Jogos. Em relação ao local de competição dos Jogos do ano que vem, a Lagoa, o atleta faz apenas um pedido. “Remei uma semana lá na Lagoa e estava muito vendo lateral. Espero que nas Olimpíadas a água esteja paradinha, um espelho, para não prejudicar nenhum atleta. Para que o que mais treinou, leve a medalha de ouro”, conclui.
 
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