Classe de oceano mais numerosa do País promete regatas acirradas na Copa Suzuki Jimny

Fram tenta mais um título  / Foto: Aline Bassi / BalaioIlhabela - A classe BRA-RGS, mais uma vez, será a líder em número de barcos na Copa Suzuki Jimny, que começa neste fim de semana em Ilhabela reunindo os principais velejadores de oceano do País.

Com quatro divisões (A,B,C e Cruiser), a categoria deve levar às raias do litoral norte paulista quase a metade dos 45 veleiros que disputarão a primeira etapa do campeonato.

As tripulações treinam cada vez mais e os barcos passam por uma criteriosa medição, o que deixa a classe organizada e com regatas equilibradas. No ano passado foi assim na RGS A decidida nas últimas provas e vencida pelo Fram. Na B, o Palmares mostrou sua força e foi o campeão. Os campeões da C e Cruiser foram Pirajá e Hélios II - Hospital Sírio Libanês, respectivamente.

"A classe sempre se mostra presente em maior número em todas as competições de vela oceânica. Isto se deve ao fato de que a regra permite a medição de uma ampla gama de modelos de veleiros, excluindo apenas os barcos fabricados especificamente para regatas. Com a regra atualizada no início de 2011 e medições técnicas, a BRA-RGS tem hoje um grande equilíbrio na sua flotilha, independentemente do ano, tamanho ou equipamento do veleiro", explica Walter Becker, coordenador da classe.

Na classe BRA-RGS A, o Yacht Club de Ilhabela (YCI) será palco de mais um duelo acirrado entre Fram (Felipe Aidar) e Jazz (Valéria Ravanni). O Maria Preta (J. Alberto Barretti) pode ser um intruso nesse duelo, marcado pelo equilíbrio em 2011. "O campeonato acirrado deve se repetir. A classe RGS, com sua ótima organização, trouxe veleiros muito competitivos e isto é bom pra todo mundo", projeta Valéria Ravanni, líder do Jazz.

Treinar é fundamental - Sem investimentos no enxoval, mas com uma manutenção rigorosa, o time do Jazz vem para ser campeão desta vez em Ilhabela. A tripulação aposta nos treinos e no entrosamento para se dar bem. "Penso que treinar é fundamental. Chega um momento em que, mesmo sendo uma classe de barcos de cruzeiro conta quem erra menos. E errar menos só se consegue com muito treino. Na competição é diferente. O velho ditado prevalece: treino é treino, jogo é jogo", conclui Valéria Ravanni.

Na BRA-RGS B, o Palmares ganhou com sobras em 2011. O motivo foi a regularidade. "Em todas as regatas tivemos uma boa colocação e isso nos ajudou na tabela de pontuação. Os resultados são fruto de muito entrosamento e concentração nas provas. O desafio agora será manter esse nível", relata José Romariz Filho, comandante do veleiro, que também corre na classe Delta 32,

Na C, o Pirajá (Rubens Bueno) superou o Rainha (Leonardo Pacheco) por 16 pontos e ficou com o lugar mais alto do pódio. Uma das disputas mais parelhas ocorreu na BRA-RGS Cruiser. O Hélios II - Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo) foi o campeão, mas Cocoon (Luiz Caggiano) e YDYPY (Marco Aleixo) brigaram até as últimas regatas pelo título no YCI.

Além da BRA-RGS, a Copa Suzuki Jimny terá as classes ORC, HPE25, C30 e M24.5. O evento terá quatro etapas ao longo do ano.

Inscrições - As inscrições custam R$ 80,00 / tripulante (exceto Tripulante-Mirim, que é isento da taxa de inscrição) e devem ser feitas até a véspera da regata inicial. A organização informa também que a estadia no YCI para os veleiros que não são da cidade está liberada de sábado (10) até o dia 1º de abril.