Copa Suzuki Jimny é teste final do Brasileiro de HPE

Suduca, líder na RGS-B / Foto: Aline Bassi / Balaio

Ilhabela - A tradicional Copa Suzuki Jimny, referência na vela oceânica nacional, reúne os principais nomes da modalidade no Yacht Club de Ilhabela (YCI). O evento conta com 45 barcos das classes ORC, C30, HPE, RGS (A,B,C e Cruiser). 
 
No domingo, dia 14 de Abril, os veleiros disputaram uma regata no formato barla-sota (entre boias) no Canal de São Sebastião, com vento Sul, com intensidade entre 6 e 14 nós. Destaque para a flotilha de HPE com 16 equipes na disputa pelo título da temporada. A liderança no acumulado geral é do Jimny Take Ashauer (Cássio Ashauer), seguido por Relaxa Next/Caixa (Maurício Santa Cruz).
 
A categoria HPE é a one-design com maior número de barcos em todo País. Por isso, as regatas em Ilhabela são encaradas como uma das mais importantes do calendário da classe. Nas vésperas do Campeonato Brasileiro de HPE, marcado para maio, também no Yacht Club de Ilhabela, os times escolhem a Copa Suzuki Jimny para ganhar entrosamento e testar equipamentos. Não é errado dizer que todos estão de olho nos adversários.
 
"O Campeonato Brasileiro de HPE, assim com a Copa Suzuki Jimny, é muito forte tecnicamente. As equipes estão treinando muito em Ilhabela para se adaptar às condições da raia. Por isso, quem conhece bem esse local é requisitado para integrar os times. Somado aos nativos estão os profissionais, velejadores mundialmente conhecidos e campeões por onde passam", indicou o atleta Juninho de Jesus, que faz parte da tripulação Bixiga (Pino di Segni), quinto colocado após o final de semana, em Ilhabela.
 
"Estamos prontos para brigar por todos os títulos da temporada. A classe HPE está cada vez mais forte e com mais atletas de ponta na raia. Esse crescimento deixa a cada ano as regatas mais parelhas. O Brasileiro é o nosso maior objetivo nesta temporada e vamos treinar muito para chegar bem em maio", explicou Marcelo Bellotti, comandante do SER Glass Eternity, que está em sétimo lugarna sua classe.
 
O bicampeão pan-americano Maurício Santa Cruz e sua equipe provaram em 2012 que um pequeno vacilo ou ausência em uma das etapas pode acabar com as chances de título. O Relaxa/Next Caixa não correu as primeiras regatas do ano e não conseguiu ser campeão, mesmo tendo o melhor desempenho na reta final. 
 
"A Copa Suzuki Jimny é igual ao Campeonato Brasileiro de futebol. Como é por pontos corridos, precisamos somar menos pontos no início e abrir vantagem no final. Não temos que pensar como mata-mata. São quatro etapas e mais de 30 regatas no ano. Por isso, toda prova é uma decisão", reforçou Maurício Santa Cruz, comandante do Relaxa/Next Caixa, vencedor da regata de abertura, no sábado, e que está em segundo lugar na Copa Suzuki Jimny.
 
O HPE consegue reunir atletas amadores com profissionais. Os times investem em velejadores conhecidos para melhorar os resultados, mas o que estão começando podem brigar de igual para igual com os mais experientes. Medalhistas olímpicos, pan-americanos e mundiais como Maurício Santa Cruz, Bruno Prada, Henrique Haddad e Alexandre Paradeda são recrutados para a temporada.
 
"A interação entre os mais experientes e os mais novos ajuda na evolução da modalidade. É uma motivação a mais na raia. A cada ano que passa as regatas são mais equilibradas e definidas no final. Por isso, as equipes treinam cada vez mais e investem nas tripulações", ressaltou Alexandre Paradeda, campeão pan-americano de Snipe e atual vice-campeão brasileiro de HPE com o Fit to Fly (Eduardo Mangabeira). O Fit to Fly está em sexto lugar após as duas regatas.
 
O segundo dia da Copa Suzuki Jimny - Mais uma vez a organização da Copa Suzuki Jimny escolheu fazer apenas uma regata no Canal de São Sebastião. Com ventos mais fracos do que na véspera, mas com muita corrente (aproximadamente 2 nós), as equipes, pelo menos, não pegaram chuva. "Fomos obrigados a fazer apenas uma regata neste domingo por causa do vento, que chegou a baixar de 14 para 6 nós. Além disso, estava rondado e tinha muita correnteza no canal, dificultado assim as ações das equipes", justificou Cuca Sodré, organizador da Copa Suzuki Jimny.
 
Nas classes de design único, destaque para o Repeteco (Fernando Halaand) na HPE e TNT/Loyal (Marcelo Massa) na C30. Os dois barcos venceram a regata para cada categoria neste domingo. O resultado garantiu o quarto lugar, no acumulado, para o Repeteco e a liderança para o JImny Take Ashauer, comandado pelo aniversariante do dia, Casio Ashauer. Já o TNT Loyal tem o domínio da C30, com duas vitórias. 
 
Na ORC, Lexus/Chroma (Luiz Gustavo de Crescenzo) e Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva) dividem a ponta com três pontos perdidos. No sábado quem venceu foi o Orson/Mapfre, mas o Lexus/Chroma deu o troco no dia seguinte empatando a série.
 
Na RGS-A, o Jazz (Valéria Ravanni) segue com 100% de aproveitamento no circuito. Fruto de muito entrosamento e amizade a bordo. "Nossa equipe é maravilhosa. Corremos as regatas felizes e isso faz a diferença. Antes da Copa Suzuki Jimny fizemos treinos em Ilhabela e não erramos na hora da prova. Conseguimos ir bem em duas condições, ventos fracos e fortes", contou a comandante do Jazz, Valéria Ravanni. 
 
Na RGS-B, o Suduca (Marcelo Claro) também venceu no sábado e no domingo. O veleiro fez alguns ajustes nas velas para a temporada 2013 e os resultados já apareceram. "Sempre procuramos ajustar o barco para velejar bem em todas as condições. Acho que acertamos o ponto mexendo na regulagem do mastro e nas velas. Essas configurações mudaram o equilíbrio do veleiro", explicou Marcelo Claro.  Na RGS C, destaque para Arial (Andreas Kugler) e Boccalupo (Cláudio Melaragno) na RGS-Cruiser. Ambos tem 100% de aproveitamento.
 
Resultados - após duas regatas
 
ORC
1- Lexus/Chroma (Luiz Gustavo de Crescenzo) - 3 pontos perdidos (2+1)
2- Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva) - 3 pp (1+2)
3- Sextante (Thomas Shaw) - 9 pp (3+6)
 
C30
1- TNT/Loyal (Marcelo Massa) - 2 pp (1+1)
2- +Realizado (José Luiz Apud) - 5 p (3+2)
3- Barracuda (Humberto Diniz) - 6 pp (2+4)
 
HPE
1- Jimny Take Ashauer (Casio Ashauer) - 6 pp (2+4)
2- Relaxa Next/Caixa (Marcelo Santa Cruz) - 8 pp (1+7)
3- Ginga (Breno Chvaicer) - 8 pp (3+5)
 
RGS-A
1- Jazz (Valéria Ravani) - 2 pp (1+1)
2- Urca/BL3 (Pedro Rodrigues) - 6 pp (4+2)
3- Inaê/Transbrasa (Bayard Umbuzeiro Filho) - 7 pp (2+5)
 
RGS-B
1- Suduca (Marcelo Claro) - 2 pp (1+1)
2- Asbar II (Sergio Klepacz) - 4 pp (2+2)
3- Helios - Sírio Libanês - 6 pp (3+3)
 
RGS-C
1- Ariel (Andreas Kubler) - 2 pp (1+1)
2- Rainha (Leonardo Pacheco) - 5 pp (3+2)
 
RGS-Cruiser
1- Boccalupo (Claudio Melaragno) - 2 pp (1+1)
2- Nimbus (André Torrente) - 5 (3+2)
3- Brazuca (José Rubens Bueno) - 6 pp (2+4)