Cuidados com a prática da corrida na rua

Dr. Antonio Alexandre Faria, Clínica North Trauma  / Foto: Divulgação

São Paulo - A “Corrida de Rua” é um esporte que vem crescendo muito nos últimos tempos e as competições estão conquistando cada vez mais adeptos, caindo no gosto da população. É um esporte barato onde o gasto é apenas um tênis apropriado para as corridas.
A cada ano, o número de praticantes de corrida de rua aumenta e alguns dados comprovam a chegada dos novos competidores no Brasil. Em 2011, o calendário brasileiro foi recheado e registrou 730 corridas de rua, dez maratonas e trinta meias-maratonas.
 
Apesar do notório crescimento nos últimos anos, os mais de 4,5 milhões de adeptos que fazem do esporte o segundo na preferência do público brasileiro, atrás apenas do futebol, precisam ajudar a disseminar ainda mais a modalidade caso queiram chegar ao patamar norte-americano.
 
Enquanto no Brasil são cerca de 880 mil competidores, os Estados Unidos registram aproximadamente 12 milhões de participantes nas suas 17 mil corridas de rua, 316 maratonas e 930 meias-maratonas.
 
Esporte regular extremamente popular, devido ao baixo custo e a facilidade para praticá-lo, a corrida atrai cada vez mais adeptos. Sem dúvidas, um dos esportes que mais cresce, especialmente, por sua eficácia e fácil acesso. Uma boa calçada, tempo e muita disposição são suficientes para se tornar um corredor de rua? A resposta certamente é não.
 
Praticada por milhares de pessoas, a corrida é uma atividade física de alto impacto, em média, corredores de meia e longa distância experimentam o impacto com o solo de 2,5 a 3 vezes o seu peso corporal em cada passada. E não para por aí, as forças de impacto aumentam com a velocidade e com as condições de fadiga muscular e são substancialmente reduzidas quando há um alinhamento articular adequado e um bom treinamento muscular. Se praticada de maneira incorreta, esse esporte pode provocar sérias lesões nas articulações e fraturas, além de doenças mais graves.
 
71,2% dos entrevistados já sentiram dores em decorrência do esporte e 53,1% já sofreram lesões.
 
Antes de começar efetivamente a praticar a corrida de rua, é preciso consultar um médico especialista. São três tipos de exames que precisam ser feitos para aferir a saúde do candidato a atleta: o cardiovascular examina a pressão arterial e a frequência cardíaca, o metabólico mede as taxas do sangue, como o colesterol e a glicose, e o biomecânico identifica a pisada do atleta e a angulação dos joelhos.
 
É preciso ter cuidados para não transformar o esporte e um grande problema. O uso de tênis inadequado, por exemplo, tem relação direta com quatro das nove principais lesões causadas pela prática incorreta deste esporte. Dores constantes na coluna, no quadril, joelho, tornozelo ou pé podem indicar algum tipo de distúrbio nos pés, com alteração no tipo de pisada e consequente desequilíbrio postural. Um médico especialista deve ser consultado para apontar o diagnóstico e o tratamento correto.
 
O tipo de tênis utilizado é uma preocupação que o corredor não pode deixar de ter. Existem três tipos diferentes de pisadas. A neutra, a supinada, que é para fora, e a pronada, que é para dentro. E há um tipo de tênis para cada caso. Existe um exame, chamado baropodometria computadorizada dinâmica, que avalia o tipo de pisada e revela qual o calçado ideal. Esse exame é muito importante.
 
DR. ANTONIO ALEXANDRE FARIA - CRM: 117.601
Formado em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 
Residência em Ortopedia e Traumatologia no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São Paulo "Pavilhão Fernandinho Simonsen". 
Especialização em Cirurgia do Joelho e Artroscopia no Grupo de Joelho do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São Paulo "Pavilhão Fernandinho Simonsen" 
Coordenador do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital San Paolo. 
Coordenador do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital São Camilo Santana. 
Membro da "Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia-SBOT" 
Membro da "Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho-SBCJ" 
Membro da "American Academy of Orthopaedic Surgeons-AAOS" 
Membro da "Internacional Society of knee Surgery, Artroscopy and Sports Medicine-ISAKOS"
 
 
 

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