O desafio de vender uma ideia aos patrocinadores

Após o anúncio da Nissan como patrocinadora, Rio ainda espera outras parcerias / Foto: Rio 2016Rio de Janeiro - “Patrocinar Rio 2016™ é patrocinar o Rio de Janeiro e o Brasil”. O conceito define o trabalho de Rodrigo Frazão, diretor de Vendas de Patrocínios do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016™, e de sua equipe no Departamento Comercial. Mais do que um evento, Rodrigo vende uma ideia, viabilizada com o auxílio das cerca de 50 parcerias que Rio 2016™ fechará.

Até maio de 2012, seis organizações já concluíram negociações e caminham juntas com o maior evento esportivo do planeta em 2016: o Banco Bradesco, a Bradesco Seguros, a Embratel, a Claro, a Nissan e a Ernst&YoungTerco. Nos próximos meses, os parceiros nas categorias de Mineração e Óleo de Gás serão anunciados.

“Vendemos os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, mas tem muitos momentos em que o Rio de Janeiro é o mais importante. O Rio tem muita força, o Rio e o Brasil. Falamos com o mundo inteiro, muitos patrocinadores têm suas sedes fora do país e fazemos muito contato com estrangeiros. É muito legal falar do Rio, falar do Brasil, que, hoje, já é o país do presente. Nossos números são grandiosos”, afirma o diretor.

Ao contrário da maior parte das áreas funcionais do Comitê Organizador, a área de Vendas de Patrocínios, comandada por Rodrigo, diminui com o tempo. Serão nove pessoas trabalhando nos próximos meses, negociando os contratos no mercado através de concorrência. No ano de 2016, entretanto, a equipe será reduzida. Nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Londres 2012, por exemplo, a equipe congênere chegou a ter onze profissionais. Hoje, às vésperas dos Jogos, tem dois.


A melhor plataforma do Brasil - A equipe de Vendas de Patrocínios se divide em quatro blocos. Três deles cuidam das vendas diretas, ou seja, da captação, da apresentação das propriedades comerciais para patrocinadores potenciais, que são as grandes empresas. O outro bloco cuida da inteligência de vendas, ou seja, identifica as demandas do Comitê Organizador e o potencial de mercado em termos de patrocinadores, trabalhando internamente com as áreas de requerimentos e suprimentos.

Para firmar parceria com Rio 2016™, os valores da empresa são fundamentais. Para Rodrigo Frazão, planejamento de longo prazo e estratégias ousadas são essenciais para uma relação que não envolve apenas recursos financeiros e imagem.

“Quando você fala de mercados maduros como o europeu, por exemplo, a empresa que se associa aos Jogos vai muito mais em uma posição de manutenção do que uma posição de ganhar mercado. Os Jogos aqui no Brasil têm um papel muito importante, porque o Brasil é um mercado estratégico, porque o mercado aqui ainda vai crescer muito. Pode ser uma ótima ferramenta para as empresas usarem como alavanca de crescimento, como estratégia”, diz Frazão.

“É preciso compreender como sua empresa quer estar em 2016 ou em 2020, e qual é o papel que os Jogos podem ter para a sua empresa. Quando você pensa por essa ótica, você vê que não existe uma plataforma no Brasil, hoje, tão grande, tão relevante, quanto a que a gente está oferecendo. Além disso, é a oportunidade de participar, de agregar conhecimento, a um evento sem paralelo na história, os primeiros Jogos no Brasil e na América do Sul”, completa.


Absorção dos grandes eventos pelo mercado - Um dos pontos fundamentais para a vitória da candidatura olímpica e paralímpica brasileira, em outubro de 2009, foi a garantia da capacidade de absorção de dois megaeventos esportivos em um intervalo de dois anos por um mercado ainda em expansão. Nos próximos quatro anos, o Brasil receberá a Copa do Mundo de futebol masculino, em 2014, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016™.

Para Rodrigo Frazão, não há mais qualquer dúvida por parte do mercado. Os resultados obtidos com as primeiras parcerias firmadas superam as expectativas, e o cenário para as negociações em curso são extremamente positivos para ambos os lados.

“O Brasil tem grandes empresas, tem um mercado muito grande. Em vários setores, temos mais de um player grande. Você pode ter patrocinadores enormes para a Copa do Mundo e, dentro desse mesmo segmento, outras empresas enormes, competitivas, para os Jogos Olímpicos”, afirma o diretor, lembrando que a exclusividade em cada categoria é garantida por contrato, o que protege o parceiro e proporciona uma série de oportunidades.

Dentro das cerca de 50 parcerias, o Comitê Organizador Rio 2016™ terá patrocinadores olímpicos oficiais e apoiadores olímpicos oficiais, além dos patrocinadores olímpicos mundiais, cujas negociações são firmadas diretamente com o Comitê Olímpico Internacional. O mesmo processo se dá para os Jogos Paralímpicos. Faltando quatro anos para a Cerimônia de Abertura, a competição já é árdua para patrocinar Rio 2016™. Todos querem patrocinar o Rio. Todos apostam no futuro do Brasil.

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

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