Isabel Clark abre circuito do Mundial entre as 15 melhores

Após ouro sul-americano e brasileiro no Chile, rider brasileira disputou duas provas na Argentina / Foto: CBDN/Divulgação

Argentina - No fim de semana, Isabel Clark, principal rider da América Latina, encarou seus dois maiores compromissos competitivos da temporada no hemisfério sul: as duas etapas inaugurais da Copa do Mundo de Snowboard Cross organizadas pela Argentina, em Bariloche. Após o ouro sul-americano e brasileiro em Corralco (Chile), a rider brasileira alcançou o Top 15 nas duas provas que disputou e subiu uma posição no ranking mundial da disciplina.
 
Em boa fase, a atleta carioca viajou logo após a conquista de seu 22º título nacional e ouro na Copa Sul-Americana de Snowboard Cross com destino a Bariloche, mais especificamente a estação de ski de Cerro Catedral. Lá, enfrentou quase 10 anos depois etapas do circuito da Copa do Mundo organizadas no hemisfério sul. “Desde 2008 não se organizava uma Copa do Mundo de Snowboard Cross no hemisfério Sul e Bariloche mostrou ser capaz de fazer um grande evento. As condições estavam muito boas, o tempo ajudou e a pista estava bem construída”, comentou.
 
Com o bib de número 50, Clark disputou qualificatória na sexta (08) para prova realizada no sábado (09) e fechou com a 19ª posição entre 24 atletas que avançaram. Largando na terceira bateria das quartas de final, junto a outras cinco competidoras, a rider brasileira enfrentou atletas como Lindsey Jacobellis (Estados Unidos) e Tess Critchlow (Canadá) e brigou até a última curva em alto nível de competitividade. Mesmo não tendo avançado às semifinais, fechou a disputa com importante 15º lugar, que lhe rendeu 160 pontos FIS.
 
“A prova foi muito boa, Isabel se ajustou muito à pista. Não foi uma de suas melhores largadas, mas conseguiu sair em segundo na primeira curva. Manteve a posição até a última curva do circuito, mas foi ultrapassada. Tentou ultrapassa-las novamente na reta final, antes da chegada, mas não teve êxito. Mesmo assim, prova estar com o nível de competitividade em dia”, avaliou o treinador Iván Fuenzalida.
 
No segundo dia de competições, domingo, teve bom desempenho na qualificatória, com o 12º melhor tempo e se garantiu mais uma vez nas finais. Em difícil bateria de quatro atletas nas quartas, Clark encontrou dificuldades para superar suas rivais e não avançou. Com a 13ª posição ao final, somou mais 200 pontos na corrida pela vaga olímpica. Já são 360 neste início de circuito da Copa do Mundo e 1260 ao todo desde que a contagem para PyeongChang 2018 foi aberta, o que a coloca no Top 20 da disciplina no mundo, em 19ª – precisa estar entre as 30 melhores para assegurar a classificação –.
 
“Meu desempenho foi melhorando ao decorrer dos dias de treino e competições e tive uma boa descida de classificatória para a segunda etapa da Copa do Mundo, ficando com o 12º melhor tempo e terminando em 13º depois das quartas de final, quando minha performance não foi como eu gostaria. Os dois resultados foram positivos e me ajudam na corrida para classificação olímpica”, encerrou Clark.
 
Ouro nacional e sul-americano para Bruna Moura e Mirlene Picin no Distance - Na continuação do Campeonato Brasileiro de Ski Cross Country, em prova de Distance 5km, estilo livre, realizada na última terça (12) em Bariloche (Argentina), Bruna Moura se sagrou campeã nacional na disciplina. A atleta, que já havia sido vice-campeã de Sprint, estilo livre, no último dia 03, faturou ainda a prata da prova, que também valia como disputa sul-americana, além de valiosos 156.16 pontos FIS. O pódio final ficou com a argentina Maria Cecilia Dominguez no topo e a chilena Claudia Salcedo em terceiro lugar. No pódio nacional, Bruna Moura, Mirlene Picin e Gabriela Neres.
 
No dia anterior, segunda (11), aconteceu também prova de Distance 5km, estilo clássico, válida como Campeonato Sul-Americano de Ski Cross Country. Somando 140.80 pontos FIS, Mirlene Picin foi a vencedora da prova, seguida por Bruna Moura e a argentina Catalina Gonzalez.
 
"Os resultados da temporada austral foram muito bons para mim. Nos dois meses que estive treinando nos Estados Unidos no centro de treinamento de Sun Valley, consegui corrigir e aprimorar muita coisa. E ainda tem muito para melhorar", encerrou Picin.

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