Beisebol - MLB pode alcançar recorde de brasileiros em 2017

Em 2017 o Brasil pode chegar ao recorde em número de atletas na principal liga de beisebol do mundo / Foto: John Williamson

EUA - A Major League Baseball atualmente possui 12 atletas brasileiros com contratos ativos. Dos 30 clubes que formam a maior liga de beisebol do mundo, dez contam com brasileiros em suas instituições. É um número muito expressivo se compararmos aos sete brasileiros na NBA e um da NFL.
 
Três desses atletas já chegaram ao topo, alcançando as grandes ligas, como é conhecida a Major League, principal categoria do esporte nos Estados Unidos. São os casos de Yan Gomes, que estreou em 2012 pelo Toronto Blue Jays, André Rienzo, primeiro arremessador brasileiro jogando pelo Chicago White Sox em 2013 e Paulo Orlando, defensor de campo externo do Kansas City Royals campeão da World Series 2015, em seu ano de estreia na categoria principal do beisebol mundial.
 
Em 2017, cinco brasileiros participaram da pré-temporada com os times principais de cada instituição, um recorde. Yan Gomes, titular absoluto do Cleveland Indians, Paulo Orlando, quando ainda estava no elenco principal dos Royals; André Rienzo (San Diego Padres), Leonardo Reginatto (Minnesota Twins) e Thyago Vieira (Seattle Mariners) que brigavam por uma vaga na Major League ou vagas nos níveis mais avançados das categorias de acesso de seus times.
 
Hoje apenas Yan Gomes continua disputando as grandes ligas. Paulo acabou rebaixado para triple-A. E após desempenho no “Spring training”, Rienzo e Reginatto foram integrados às filiais também de triple-A de seus clubes e Thyago Vieira para a Double-A. Isso acontece porque na MLB, para chegar ao topo, um jogador deve percorrer um longo caminho, sobretudo se é um agente livre (free agent) estrangeiro - jogador que não jogou no Canadá, Porto Rico, colegial ou faculdade americana e, portanto, não participa do draft.
 
Ao contrário do que estamos acostumados a ver no Brasil, os clubes possuem filiais às vezes com outros nomes e em diferentes cidades, ou até países, que ajudam a formar, treinar e aperfeiçoar atletas a fim de alcançarem a Major League Baseball na sua “matriz”. Os atletas antes de chegar a Major League, que seria a primeira divisão do beisebol, passam por várias ligas de acesso independentemente de sua idade.  Paulo Orlando, por exemplo, chegou à elite apenas aos 30 anos, enquanto Andre Rienzo e Yan Gomes jogaram suas primeiras partidas nas grandes ligas com 24 anos.
 
Essas ligas de acesso são conhecidas como “Minor Leagues” e todo atleta por mais que seja um fenômeno, americano ou não, geralmente passa por pelo menos três dessas categorias até chegar ao topo da liga, o que não é necessariamente obrigatório. Alguns atletas podem começar em níveis mais avançados que outros, podem também permanecer uma temporada completa, mais ou menos tempo em cada estágio, dependendo de seu desempenho. São seis categorias percorridas até um atleta chegar a Major League. São elas: Rookie, categoria de calouros que, no caso de alguns times, pode ter como sede a República Dominicana, Classe A de temporada curta, Classe A, A avançada, Double-A, Triple-A e finalmente a Major League Baseball. 
 
Caminho dos brasileiros - os primeiros brasileiros a assinarem contratos com a Major League Baseball sempre passaram pelas ligas de verão fora dos Estados Unidos, na República Dominicana e Venezuela, antes de avançar por cada uma das próximas etapas de acesso. Menos Yan Gomes que, por já morar nos EUA desde os 12 anos, trilhou o mesmo caminho dos americanos no colegial e faculdade pulando alguns níveis das Minors. Paulo Orlando passou 10 anos nas ligas menores até chegar ao elenco principal do Kansas City Royals, enquanto André Rienzo teve uma ascensão mais rápida, chegando a ser escolhido para o jogo das futuras estrelas. Os dois passaram dois anos atuando na República Dominicana até chegarem às filiais de seus times nos Estados Unidos. 
 
Leonardo Reginatto (Triple-A) e Thyago Vieira (Double-A) seguem em busca de serem os próximos brasileiros a atuar na MLB, recentemente Luiz Gohara foi promovido à Double-A, o que já o credencia para almejar uma posição em grandes ligas também. Mais jovens, mas também de grande talento, estão Bo Takahashi e Luís Paz, na Classe A. E ainda no primeiro nível, Rookie, estão Daniel Missaki e Gabriel Maciel nos Estados Unidos; e Edilson Batista na República Dominicana. O caçula da companhia, Christian Pedrol (17), recém contratado pelo Seattle Mariners em maio de 2017, tem chance de ser encaminhado direto para a liga instrucional nos Estados Unidos, espécie de pós-temporada para jovens talentos.
 
Essa mudança de estágio no beisebol brasileiro e o aumento no número de atletas que conseguem se manter crescendo nas ligas americanas muito tem a ver com a atenção dada pela liga nos últimos anos ao Brasil. Com os Elite Camps e a abertura da Academia MLB Brasil, os jogadores saem mais preparados para os desafios da carreira profissional lá fora.
 
MLB no Brasil - Nos últimos anos, a Major League Baseball vem trabalhando intensivamente ao lado CBBS para proporcionar cada vez mais oportunidades aos jovens atletas brasileiros que desejam tornar-se jogadores de beisebol profissionais. Desde 2011, o MLB Brasil Elite Camp possibilitou que vários novos talentos assinassem contratos com clubes profissionais da liga americana e de outros países, proporcionando um expressivo avanço no nível de jogo no Brasil. Em janeiro deste ano foi inaugurada a Academia MLB Brasil, iniciativa pioneira no país, numa parceria entre a liga americana e a Confederação Brasileira de Beisebol e Sóftbol (CBBS) para o desenvolvimento e ampliação do esporte, que retorna ao quadro olímpico em Tóquio 2020. O projeto oferece a 32 atletas,com idades entre 13 e 17 anos, bolsas de estudos, treinos, alimentação e alojamento no centro de treinamento da seleção brasileira, em Ibiúna (SP). E expectativa é que ainda esse ano na abertura da janela de contratação, em 2 de julho, a lista de brasileiros contratados fique ainda maior.
 
 

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