Brasileiros fazem história no ISA World SUP Championship, na Dinamarca

Guarujaense Luiz Diniz foi ouro no Sup Wave e Ubatubense Aline Adisaka foi a primeira atleta da história do evento a chegar em 3 finais distintas / Foto: ISA

Dinamarca - O Brasil fez história no ISA World SUP Championship, que está sendo disputado em Vorupør, na Dinamarca. Neste feriado de 7 de setembro, Luiz Diniz, de Guarujá, sagrou-se campeão mundial no SUP Wave, enquanto que Aline Adisaka, de Ubatuba, foi a primeira atleta da história do ISA a fazer final em três modalidades no mesmo evento – sprint, wave e técnico, que terá a prova no sábado.
 
A bicampeã brasileira de sup wave foi a quarta colocada neste sábado, ficando muito próximo da medalha de bronze. Antes, havia garantido o sexto lugar no sprint, isso depois de ter sido atrapalhada por uma rival, que caiu em cima dela durante a prova decisiva (se repetisse o tempo da semifinal, seria bronze). “Muito show ser a primeira atleta da história do ISA Games a fazer final nas três provas”, destacou.
 
Aline competiu primeiro na sprint, uma prova que não admite erros. “A canadense caiu no meio da disputa em cima de mim e tive de parar e começar a remar de novo. Ou seja, já era. Mesmo assim, finalizei em sexto. Foi muito bom. Agora, tem a final do race técnico, que estava sinistro para se classificar. Eu e a Babi Brasil conseguimos”, contou a atleta.
 
Já no sup wave, Aline teve de superar o cansaço acumulado pelas disputas de sprint e técnico. “Hoje, na final do sup wave foi muito irado. Não teve repescagem, devido às condições do mar, então não podia perder. Foi sinistro, exaustivo. Eu venho fazendo provas todos os dias. Fui morta. Acabei não me encontrando na final, achando ondas boas, mas consegui a medalha de cobre. Está show, estou muito feliz”, falou.
 
“Para mim, que nem viria, estou super grata. Cobre é como um ouro para mim”, destacou a atleta, lembrando que viveu uma “maratona” para conseguir custear a sua viagem, vendendo pranchas, equipamentos e buscando patrocínios, fechado de último momento. No placar final, a australiana Shakira Westdorp foi a campeã, seguida da francesa Justine Dupont.
 
Aline ficou a apenas 18 centésimos do bronze, conquistado pela americana Emmy Merrill – 7.34 a 7.16. Outra brasileira na disputa, Gabriela Sztamfater ficou em décimo lugar. “Agora vou descansar, porque sábado tem mais e estou animada”, complementou a competidora, que para viajar foi patrocinada por Harpia Consulting, Ubatuba Praia Grande Hotel, Wizard Ubatuba, Nagazaki Incorporadora, Andrea Lopes Surf School, além da ajuda de familiares e amigos, e tem os apoios de prachas New Advance e Remos Crespo.
 
Dever cumprido - Já no masculino, o site da ISA destacou a performance de Luiz Diniz, que passou de ser um desconhecido no cenário internacional para chamar a atenção mundial com a conquista do ouro. O novo campeão, que até ano passado dividia seu tempo entre o sup wave e o surf de pranchinha, superou o australiano Harry Maskell, o francês Benoit Carpentier foi o terceiro com o havaiano Mo Freitas, sendo o quarto colocado.
 
“Agora só penso naquela sensação de dever cumprido. Tudo feito, tudo certo”, vibrou Luiz Diniz. “Cara, foi bem difícil, para vir para cá, mas no final tudo se encaixou. Deus colocou as coisas na ordem, na sequência certa. Tive paciência, fé e esperança para chegar ao lugar mais alto do pódio. Foi uma honra representar o Brasil e sair daqui com o ouro”, destacou o competidor, patrocinado por Nossolar Construtora, Gzero Tech, Shine Surfboards, Spy, Fico, CT Lugar ao Sol, Crossfit Guarujá, EOS Transportes e Tomihama.
 
O novo campeão mundial revelou duas estratégias para a importante conquista. “Não me afobei e acreditei no meu potencial. Isso que me manteve vivo para vir aqui e vencer”, contou. “Agradeço, primeiramente, a Deus, por me manter firme e forte, cheio de esperança e por ter me guiado. Agora é voltar para casa, colocar o pé no chão e seguir o jogo em busca de novas conquistas”, acrescentou o atleta de 25 anos.
 
O início no SUP Wave, segundo ele, aconteceu por acaso. “Ao ver o Camelo Seabra, que tenho como um pai, na água, reparei na dificuldade sobre aquela prancha minúscula e aquilo me desafiou. Pedi para tentar, tomei várias quedas, mas após alguns minutos fiz algumas ondas e aquilo ficou na minha cabeça”, recordou.
 
“Foi aí que o Carmelo enxergou meu potencial e começou a me incentivar. Minha primeira competição foi no Guarujaense e o grau de adrenalina me deixou como nunca tinha estado antes e me encontrei no esporte”, lembrou Bolinha, como também é conhecido entre os amigos do surf. Ainda no sup wave, Caio Vaz, que já tem título de campeão mundial profissional e teve a maior somatória do evento, terminou em quinto lugar.
 

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