Surf é usado como terapia para o Pelotão da Igualdade no 10 KM Tribuna

Atividade foi incluida com sucesso nos encontros do Projeto Ernesto Minhas Pernas / Foto: Divulgação

São Paulo - Os treinos do grupo que participará do inovador Pelotão da Igualdade no 33º 10 KM Tribuna FM-Unilus ficaram mais divertidos. Agora, o surf foi incluído como atividade extra nos encontros realizados pelo Projeto Empresto Minhas Pernas, todos os sábados, junto ao Parque Municipal Roberto Mario Santini.
 
A proposta é ter momentos de diversão depois do treinamento, com a modalidade também usada como uma terapia, convivência, recreação.
 
“Percebemos que alguns dos nossos voluntários gostam de surfar e eles ofereceram as pranchas para levar a molecada”, afirma Stefan Klaus, responsável técnico pelo Pelotão da Igualdade e idealizador do Empresto Minhas Pernas. Entre os surfistas que ajudam os deficientes e mesmo seus familiares a surfarem está o representante farmacêutico Luiz Fernando Coelho da Costa, no projeto há um ano e que teve a ideia de levar a sua prancha de stand up paddle para a atividade.
 
Segundo ele, a segurança é prioridade e várias precauções são levadas em conta durante a atividade. “Somos em cinco voluntários para uma prancha. Um colega dando impulso atrás, um na frente controlando e dois laterais para caso aconteça uma queda na água temos o suporte. Também nada é brusco. Colocamos o deficiente na frente, eu vou atrás imobilizando-o nas pernas e nos braços e pegamos a onda bem no raso”, explica.
 
“Só levamos na prancha com a permissão do pai ou responsável”, acrescenta. “O contato com a água, com a natureza é muito importante. A sensação é uma das melhores possíveis. O sorriso deles é contagiante”, destaca Luiz Fernando.
 
“Todas as atividades têm método, uma forma programada. Nós analisamos se a pessoa tem condições de ir para o mar. Todos nós temos um cuidado muito grande para eliminar qualquer risco para quem vai surfar”, reforça o fisioterapeuta Carlos Bahir de Andrade, também voluntário do Empresto Minhas Pernas.
 
A nova modalidade foi tão bem aceita que ele já projeta ter uma prancha adaptada e parceria com a Escola Radical da Prefeitura, que trabalha a inclusão de deficientes no surf há muitos anos. “Queremos falar com o Cisco Araña, porque sabemos que ele faz um trabalho lindo de inclusão. Aqui são os próprios voluntários, não tem técnica, é puro amor”, revela Stefan, anunciando mais uma novidade. “Aula de dança, com uma coreógrafa de Cubatão”, fala.
 
O Pelotão da Igualdade é uma das novidades no 33º 10 KM Tribuna FM-Unilus, no dia 20 de maio, pelas ruas de Santos, e segue com inscrições abertas. O grupo de caráter participativo incentiva a acessibilidade das pessoas com deficiência, terá sua largada própria e percorrerá o percurso com voluntários e batedores, que doam a corrida para ajudar a conduzir cadeirantes e/ou triciclos.
 
Todos os participantes estão passando por treinamentos no Projeto Empresto Minhas Pernas, aos sábados, no Parque Roberto Mario Santini (Emissário Submarino), das 7h30 às 10h30, e que conta com triciclos à disposição.
 
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