Futebol feminino do Brasil cai diante da Suécia nos pênaltis

Brasil cria mais, sobretudo no primeiro tempo, mas o gol insiste em não sair. Suecas se seguram, levam o 0 a 0 até as penalidades e garantem vaga na final / Foto:  Buda Mendes/Getty Images

Rio de Janeiro - Não se pode falar em falta de luta. Sob um calor insuportável no Maracanã, as meninas do Brasil correram do início ao fim, empurradas pela torcida diante de uma acuada seleção da Suécia. No entanto, a bola insistiu em não entrar.
 
O placar de 0 a 0 durante o tempo regulamentar e também na prorrogação levou a semifinal para uma nova disputa de pênaltis. Mas desta vez o Brasil levou a pior. Cristiane e Andressinha desperdiçaram as cobranças, e as suecas venceram por 4 a 3, adiando mais uma vez o sonho pelo inédito ouro. Agora, a Suécia aguarda o vencedor do duelo entre Canadá e Alemanha, que se enfrentam ainda nesta terça-feira (16), a partir das 17h. O Brasil vai jogar pela medalha de bronze. 
 
A emoção começou antes mesmo de a bola rolar. Diferentemente de outras arenas, a primeira parte do hino nacional brasileiro não foi editada. Desta maneira, a torcida presente cantou a plenos pulmões, dando um gás extra às jogadoras. 
 
O forte calor poderia ser sinal de um primeiro tempo mais cadenciado. No entanto, não foi o que se viu em campo. O Brasil queria a vitória e foi pra cima do início ao fim, embalado pela torcida. Caindo pela direita, a canhota Marta foi a jogadora mais procurada. No entanto, quem levou perigo em dois lances quase consecutivos foi Debinha. A atacante pegou de primeira um rebote assustando a goleira Lindahl. Pouco depois, obrigou a sueca a fazer grande defesa após uma cabeçada.
 
Marta também teve seu momento de brilho e quase fez um gol Olímpico. Ela teve outra grande chance após jogada individual, mas viu o chute sair rente à trave. A superioridade brasileira foi tanta que pode ser traduzida no número de chutes: 15 a 2. Mas o gol acabou não saindo. 
 
O cansaço que não apareceu na etapa inicial ficou claro após o intervalo. O ritmo caiu, e as chances foram mais raras. Já as suecas aproveitaram para assustar. Após saída errada da goleira Barbara, a Suécia teve sua melhor chance. A atacante Blackstenius recebeu livre, mas chutou fraco para defesa da camisa 1 brasileira. 
 
Na reta final, a torcida acordou e deu novo gás. Mas o calor e o cansaço de fato se tornaram os maiores rivais. Os chutes não saíam com a mesma potência, e as arrancadas não surtiam o efeito desejado. O 0 a 0 permaneceu no placar e novamente o Brasil teve de encarar a prorrogação.
 
Prorrogação - Para a prorrogação, o técnico Vadão escutou a torcida brasileira e lançou Cristiane, que se machucou na primeira fase do torneio,  no lugar de Debinha. O time animou, mas quem levou perigo maior na primeira etapa foi a Suécia. Schelin teve grande chance de cabeça após cobrança de escanteio.
 
O segundo tempo foi quase uma reprodução do primeiro. Sem pernas, o Brasil tentava na base do coração, mas sem levar perigo ao gol sueco. Já a Suécia novamente deu um susto com Schelin. O Brasil respondeu após uma falta que levantou a torcida e gerou os gritos de "Eu acredito". Na cobrança Marta procurou o canto, mas Lindahl fez a defesa. 
 
Nos minutos finais a goleira sueca operou um milagre ao defender chute da camisa 10 brasileira, levando a torcida à loucura, e a decisão às penalidades.
 
Penalidades - Nas cobranças, Marta se redimiu abrindo o placar. Mas Cristiane, uma das mais queridas jogadoras brasileiras, acabou batendo mal para a defesa de Lindahl. Sorte da camisa 11 que na cobrança seguinte Asllani teve sua cobrança defendida por Barbara. Os gols foram saindo até a última cobrança. Andressinha acabou desperdiçando e viu Dahlkvist classificar a Suécia para a final.
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook