Exclusivo: Laís acredita que equipe feminina “vai fazer história”

Laís Souza será uma das condutoras da tocha olímpica / Foto: Rio 2016 / Felipe Varanda

Rio de Janeiro – Os últimos dois anos foram uma verdadeira montanha russa de emoções para a ex-ginasta da seleção brasileira Laís Souza. Desde que se acidentou, em janeiro de 2014, quando treinava para os Jogos de Inverno de Sochi, passando pelo veredicto de que estava paraplégica, até as pequenas vitórias que se seguiram, Laís resume tudo em uma palavra: adaptação.
 
“Nesses últimos dois anos que veio passando, foi uma fase de adaptação para mim, eu com a cadeira, eu com várias situações”, sintetiza a atleta, que representaria o Brasil no esqui em Sochi, antes do acidente.
 
Laís é uma das escolhidas para carregar a tocha olímpica e contará com uma cadeira adaptada, onde a chama ficará acoplada. “Estar sendo convidada por um evento desses é uma forma de gratificação. E acho que nos próximos dois anos, esse grande evento que é as Olimpíadas vai ser lembrado. É uma forma das pessoas aproveitarem o máximo e pegarem o conhecimento geral que a gente vai ter com esse evento tão grande”, declara.
 
Com exclusividade ao Esporte Alternativo, Laís confirmou que pretende trabalhar na TV, comentando a Rio 2016, como uma forma de ficar cada vez mais próxima do esporte e de suas amigas da ginástica artística.
 
“Agora para mim, nos próximos dois anos, eu quero continuar trabalhando, com a saúde da forma que eu estou agora, tentar alcançar o máximo de sucesso que eu tiver nessa área de trabalho. Eu achei que ia ser bacana pra mim [comentar os Jogos na TV], eu tenho bastante vontade, espero que seja logo, é uma forma de eu estar mais próxima das minhas amigas também, da ginástica”, afirma.
 
A ex-ginasta é muito próxima de boa parte da seleção feminina, que buscará a classificação para as Olimpíadas no evento teste da modalidade, em abril. Laís acredita na vaga e torce por um bom resultado.
 
“Eu acredito que vai ser possível sim [a classificação olímpica]. Elas estão treinando o máximo possível, se doando dentro do ginásio, para que aconteça o melhor resultado. Independente do que acontecer, elas vão dar o máximo delas, e a gente vai levantar a cabeça e continuar crescendo. Mas, tudo o que eu quero, é que elas estejam lá em cima dando o melhor delas, porque essa equipe vai fazer história com certeza”, acredita.
 
Laís deve embarcar de volta para os Estados Unidos nos próximos dias para fazer novos exames e iniciar uma nova fase do seu tratamento, envolvendo células-tronco. Ela, hoje, não tem os movimentos do ombro para baixo.
 
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