CBG lança ação com o intuito de disseminar a prática da Ginástica Aeróbica

CBG lança ação com o intuito de disseminar a prática da Ginástica Aeróbica / Foto: Divulgação

São Paulo - A Confederação Brasileira de Ginástica passou a utilizar aplicativos para realizar webconferências com maior regularidade em decorrência da necessidade de isolamento social, em função da Covid-19. 
 
Mas o emprego da tecnologia com o intuito de difundir conhecimento veio para ficar. Nas duas últimas quintas-feiras de setembro, a entidade realizou  encontros virtuais que trataram da Preparação Física Geral e da Preparação Física Específica para Ginástica Aeróbica. Os palestrantes foram os professores Marcelo Borelli e Pedro Augusto Amorim; a mediação coube a Kátia Lemos, Coordenadora do Comitê Técnico de GAE da CBG.
 
A ação contemplou principalmente treinadores jovens e futuros treinadores da Aeróbica, modalidade que está sendo trabalhada com o objetivo de difusão por um maior número de centros. “Historicamente, a Ginástica Aeróbica no Brasil consiste basicamente no trabalho feito em Minas Gerais, São Paulo e Rio; tivemos uma história importante no Rio Grande do Norte e atividade significativa no Rio Grande do Sul e no Pará. Com essa ação, a gente pretende alargar nossos horizontes. Sergipe se encantou pelo esporte; vemos uma movimentação surgindo na Bahia, Rondônia, Piauí e Goiás também. É uma modalidade que tem tudo para voltar a crescer no Brasil. É muito vibrante, tem música. Tem tudo a ver com o nosso povo e não requer muito investimento, podendo ser praticada em quadras, salões de igreja”, afirma Kátia.
 
O preparador físico Marcelo “Chucky” Borelli, assim apelidado por ter olhos arregalados parecidos com os do boneco do filme de terror, transmitiu conhecimentos acumulados ao longo de seus 31 anos de envolvimento com a modalidade. “A força muscular é uma capacidade muito importante na Ginástica Aeróbica. O conteúdo da minha palestra voltou-se para o trabalho que deve ser feito fora do tablado, na sala de musculação”.
 
Segundo Borelli, outros dois módulos vão compor essa ação – serão ministrados conteúdos referentes a regulamentos e arbitragem e também a trabalhos técnicos e coreográficos. “Com um entendimento básico do código e o aprendizado que disseminamos, os treinadores poderão trabalhar com a Ginástica Aeróbica, dar os primeiros passos. Tem na internet uma série de coreografias básicas, com nível de dificuldade mais acessível. É possível, com base nisso tudo, um treinador iniciante fazer uma caminhada e ir participar de competições de iniciação”.
 
No primeiro dia de atividades, segundo Kátia, cerca de cem pessoas passaram pela sala virtual, sendo 70 o número de participantes fixos. Os números da segunda etapa ainda não foram contabilizados. “Estou muito satisfeita com esse suporte da CBG, que está instrumentalizando essas ações. Não sou uma pessoa muito afeita a tecnologia, mas as ideias para disseminar o esporte fervilham na minha cabeça e, com esse empurrão da entidade, vamos fazer crescer a Aeróbica”, diz a dirigente, que trabalha com a modalidade também na Universidade Federal de Minas Gerais, um importante polo.
 
A acadêmica desde já convida os novos treinadores a investir em estudos. “Nossa modalidade é relativamente jovem, em comparação com a Ginástica Artística e a Rítmica. As linhas de pesquisa ainda são escassas. Precisamos investir em trabalho fora do ginásio. Disse durante o curso que, a cada hora dentro do ginásio, devemos dedicar outras duas fora dele, para os estudos voltados à construção de conhecimento sobre o esporte”.
 
“Estamos muito determinados a fomentar um segundo boom da Ginástica Aeróbica”, diz Borelli, que veio do judô e trabalhava com preparação física na Academia Competition quando começou a orientar um atleta proveniente da Ginástica Artística que queria treinar para competir na Aeróbica. “Em 89, nem sabia direito o que era a Aeróbica. Comecei a me informar, a estudar, e me apaixonei. Foi uma época muito boa, em que todas as grandes academias de São Paulo (Runner, Competition, Cia. Athletica, Triathlon) tinham suas equipes de Aeróbica. Agora, com a ajuda dos aplicativos, queremos alargar nossas fronteiras”, afirma Borelli.
 
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