Arthur Zanetti disputa o primeiro Mundial do ciclo olímpico até 2020

Ginasta campeão olímpico, mundial e pan-americano entra na competição por aparelhos em Montreal, nesta terça-feira (3/10/2017), sem pressão, de olho em 2018 e 2019 e na qualificação para os Jogos de Tóquio / Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Canadá - Arthur Zanetti prefere pensar no passo a passo na disputa do 47º Mundial de Ginástica Artística de Montreal, no Canadá. O primeiro deles é avançar na qualificação, nesta terça-feira (3/10/2017), e ficar entre os oito melhores do torneio nas argolas. "Primeiro, é classificar, pegar uma final.
 
Depois, a gente pensa no pódio como objetivo." Sem pressão por resultados, neste primeiro Mundial do ciclo olímpico até Tóquio 2020, o objetivo é avaliar o cenário pós-Jogos do Rio: quem serão os candidatos ao pódio, as mudanças no código de pontuação e o rigor dos árbitros que, por determinação da Federação Internacional de Ginástica (FIG), quer diferenciar os atletas. 
 
O Mundial, realizado no local que recebeu os Jogos Olímpicos de 1976, será disputado entre os dias 2 e 8 de outubro por aparelhos e no individual geral. No sorteio feito pela organização, o Brasil está na subdivisão 4, a última a se apresentar na qualificação masculina - a equipe formada por Arthur Zanetti, Arthur Nory Mariano e Caio Souza, estreia no segundo dia de competições, às 11 horas (de Brasília).
 
Confira o programa do Mundial de Montreal
 
O campeão olímpico nas argolas Arthur Zanetti é dono de três medalhas mundiais nas argolas - ouro, na Antuérpia (BEL)/2013, e prata em Tóquio (JAP)/2011 e Nanning (CHN)/2014.
 
"O Mundial é o objetivo do ano, trabalhamos o ano todo para as outras competições, mas, principalmente, para o Mundial do Canadá. Mas é um Mundial só por aparelhos, não tem disputa por equipe. Se cometer um erro é para você mesmo. Pressão sempre vai ter, mas é menor. Eu mesmo me coloco pressão", disse Arthur.
 
Para o técnico Marcos Goto, que trabalha com Arthur Zanetti há 20 anos, o Brasil não entra no Mundial sob pressão. "Queremos um bom resultado porque ninguém vai para o Mundial para passear. Sempre visamos as medalhas, mas o grande objetivo do trabalho será a partir de 2018, quando começa o processo de classificação por equipes para a Olimpíada de Tóquio. Esse é o foco da seleção toda e do Arthur também", comenta Goto, também o técnico-chefe das seleções de ginástica artística feminina e masculina.
 
Notas menores, árbitros mais rigorosos - Neste primeiro Mundial do ciclo olímpico muitas coisas estarão diferentes. Será o primeiro Mundial com o novo código de pontuação da FIG. Arthur explicou que as notas estão menores. "Antigamente, existiam cinco grupos em cada aparelho - cada elemento é composto de um grupo - e hoje são apenas quatro. Com isso, meio ponto caiu fora. Então, todo mundo já perdeu meio ponto na nota de partida. Elementos que eram parecidos - duplo twist e duplo pra trás - agora estão no mesmo grupo. E mudaram os valores de elementos, alguns caíram e outros subiram."
 
Os ginastas também vão encontrar árbitros mais rigorosos, na avaliação de Arthur Zanetti. "Estão mais criteriosos. Praticamente não existe nenhum elemento que se faça sem desconto. Além da nota de partida cair os descontos aumentaram e a nota final diminui. É uma orientação da FIG para diferenciar os atletas. E não existe mais empate. Quem tiver menos desconto é o que vai ter a prioridade. A melhor nota de execução é o desempate."
 
De olho em 2020 - Os Jogos de Tóquio serão em 2020, mas Arthur Zanetti admite que todo mundo entra em um novo ciclo pensando nos Mundiais dos próximos anos, que são qualificatórios. "É claro que muitas coisas ainda vão acontecer, mas todo mundo entra em um ciclo pensando na Olimpíada. Então a gente pensa em Tóquio mas ao mesmo tempo tem de ir passo a passo, como sempre fizemos. Tanto para o ciclo de Londres quanto para o do Rio foi assim, cada ano é um ano, cada competição é uma competição, e cada uma vai servir de preparação para o objetivo grandioso do ciclo que é a Olimpíada."
 
Arthur disse que até 2020 os desafios serão crescentes, incluindo manter-se na seleção brasileira. "A gente viu a seleção que o Marcos escalou, mas pode mudar. Se não atingir o critério, você está fora. Está muito simples e correto. O objetivo é conseguir mais uma medalha em Tóquio, mas ainda tem bastante tempo. Penso em competir, fazer o meu melhor pelo resultado. Mas eu já fiz o que eu tinha de fazer e sei que o esporte desgasta. Agora tenho de ser mais cauteloso e estratégico nos treinos e competições", completa Arthur.
 

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