Brasil conquista ouro na ginástica artística em Santiago
Chile - A ginasta mais completa dos Jogos Sul-americanos da Juventude Santiago 2017 é brasileira. Luisa Helena da Silva conquistou nesta terça-feira, dia 3, a medalha de ouro no individual geral da competição continental.
A performance da jovem de 14 anos foi fundamental também para a medalha de prata da equipe brasileira na competição. O resultado é o mais importante da curta, mas promissora carreira da ginasta, que sonha representar o Brasil nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
Luisa terminou a competição com um total de 50.867 pontos, à frente das argentinas Luna Fernandez (49.800) e Olivia Araujo (49.267). O ouro a fez esquecer a contusão que teve em competição continental no ano passado. “Esse resultado é muito importante para mim. Ano passado tinha uma competição, mas acabei machucando o braço e não competi. Era para eu ser campeã. Depois de um ano eu consegui”, celebrou a ginasta, que treina em São Caetano do Sul, no mesmo ginásio do campeão olímpico Arthur Zanetti. “Ele é uma inspiração para mim. Sempre que pode me dá dicas, me acalma para as competições”, contou Luisa, que tem na americana Simone Biles outro exemplo a ser seguido.
A campeã do individual geral começou na ginástica em Americana (SP), aos quatro anos. Além do ouro, ela se classificou para final dos quatro aparelhos (solo, salto, trave e paralelas). Seu próximo grande objetivo é participar dos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018. “É uma experiência muito boa, porque têm vários esportes e dá pra fazer novas amizades. Também dá pra sentir um gostinho olímpico, com toda a estrutura que temos aqui”, elogiou a campeã continental.
Em 2013, na primeira edição dos Jogos Sul-americanos da Juventude, em Lima, a ginástica artística revelou as finalistas olímpicas Flavia Saraiva e Rebeca Andrade. Luiza espera seguir os mesmos passos das meninas, que hoje são estrelas da Seleção Brasileira adulta. "Tento me espelhar nelas, principalmente na confiança que elas têm”, destacou Luiza.
Na disputa por equipes, a medalha de ouro ficou com a Argentina e o bronze com a Colômbia. Segundo colocado, o conjunto brasileiro foi composto, além de Luisa Helena, por Bianca Silva, Julia Lopes, Beatriz Benedetti e Sofia Ferrer. O resultado foi bem avaliado pelo treinador da equipe nacional, Clayton Xavier. “O dia foi bem constante. As meninas fizeram exatamente o que vinham treinando. É claro que a gente sempre quer mais, já que estamos sempre em busca da perfeição. Mas as meninas foram super bem. A Argentina tinha notas altas, então sabíamos que seria difícil chegar. Disputávamos o segundo e conseguimos, por isso foi um sucesso”, observou Clayton.
O treinador fez questão de elogiar o desempenho da campeã do individual geral, Luisa Helena. “Ela tem características raras e que são excelentes. É uma competidora nata, como poucas. É talentosíssima e a projeção para ela é fazer parte da equipe principal da modalidade para os Jogos Olímpicos, possivelmente já em Tóquio. Ela vem em projeção, evoluindo e numa idade muito boa para o desenvolvimento. Não dá para ter certeza agora se ela estará lá, mas pode contribuir para o grupo. Para 2024, certamente estará”, projetou o treinador.
O Brasil terá representantes em todas as finais por aparelho. Além de Luiza, que estará nos quatro aparelhos, Bianca Silva estará nas paralelas, solo e trave, e Julia Lopes no salto.
Nesta quarta-feira, é a vez dos meninos competirem por equipe e no individual geral.
Mais informações sobre a competição, neste link.
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