Diego Hypolito fala do seu começo de carreira em Websérie

Diego Hypolito foi prata quando menos esperava / Foto: Ricardo Bufolin

São Paulo - "Um campeão nasce nas atitudes. Nasce em acreditar e, principalmente, em não desistir". A frase de Diego Hypolito poderia ser a linha de abertura de sua biografia. Poucos atletas encarnaram de forma tão intensa esse mantra quanto o paulista de Santo André, quarto personagem da websérie Ninguém Nasce Campeão, do rededoesporte.gov.br.
 
O conjunto de 17 vídeos, com 21 entrevistas com atletas olímpicos e paralímpicos, resgata momentos em que os atletas ainda não sabiam que teriam a projeção e o destaque que alcançaram, e busca o que foi essencial para a caminhada dar certo.
 
Diego é do tipo que muito cedo descobriu a vocação. Influenciado pela irmã, Daniele, encontrou na ginástica artística uma razão para acordar todos os dias e querer ser melhor. "Eu sempre soube o que queria. E sempre amei o que fazia. Fazia não pelo brasão, mas pela satisfação", define.
 
Sempre incentivado pelos pais, conheceu a primeira medalha em Cuba, quando tinha nove anos. "Foi no Atletas del Futuro. E foi muito especial. Eu nunca tinha viajado nem de avião nem para fora do Brasil", recorda.
 
A obsessão pelos treinos, pelas repetições, pela busca do movimento mais perfeito e acrobático, muitas vezes cobrou um alto preço. "Eu me dedico muito. Treino diariamente. Tenho várias lesões. Passei por 11 cirurgias. Fiz tudo o que podia para chegar aos Jogos Olímpicos", diz.
 
Especialista nos exercícios de solo, Diego tocou duas vezes o topo do mundo. Primeiro em Melbourne, na Austrália, no Campeonato Mundial de 2005. No ano seguinte, manteve a consistência e saiu de Aarhus, na Dinamarca, com a prata. Em 2007, na Alemanha, confirmou que era um dos grandes na história da modalidade ao conquistar o bicampeonato em Stuttgart.
 
Exatamente por isso, chegou aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, com status de favorito. Na fase de classificação na China, obteve a melhor nota entre todos os competidores. Na final, contudo, sofreu uma queda difícil de digerir e acabou com a sexta colocação. Teve nova chance olímpica quatro anos depois, em Londres, já aos 26 anos. Sofreu nova queda e ficou fora do pódio.
 
No Brasil, nos Jogos do Rio, já aos 30 anos, ele mesmo encarava a sua participação como a de um coadjuvante. Mas foi exatamente em solo brasileiro, por vias tortas, que o sonho do pódio olímpico se tornou realidade. "Eu tinha 30 anos. Nunca imaginei que com essa idade seria medalhista olímpico. Caí de bunda, caí de cara, e dessa vez caí de pé", resume o atleta, que conquistou a medalha de prata.
 
Uma festa bem brasileira, porque o pódio teve ainda Arthur Nory na terceira colocação. O ouro ficou com o britânico Max Whitlock. "Por simplesmente ter acreditado no meu sonho desde criança, isso fez com que eu passasse por cima de todos os obstáculos".
 

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