Brasil volta ao individual geral da ginástica rítmica após 16 anos

Natalia Gaudio durante o Mundial disputado em Stuttgart, na Alemanha / Foto: CBG

Rio de Janeiro - Quando desembarcou em Stuttgart, na Alemanha, em setembro de 2015, a capixaba Natália Gaudio tinha um objetivo claro: ser a brasileira mais bem colocada ao término do Mundial. Esse era o caminho para colocar seu nome na vaga olímpica assegurada ao país-sede e para, de quebra, entrar para a história da ginástica rítmica, modalidade que não tinha uma representante brasileira no individual desde os Jogos de 1992, em Barcelona – curiosamente, o ano em que Natália nasceu.

A atleta de 23 anos cumpriu o planejamento. “Fiz uma competição impecável, não tive erro em nenhum dos aparelhos e saí satisfeita com o trabalho”, relembra a ginasta, que terminou com a 51ª colocação, com 46,766 pontos, e garantiu a vaga olímpica no individual geral. A compatriota Angélica Kvieczynski ficou em 54º lugar (46,649 pontos).
 
“Treinei por 18 dias na Bulgária antes do Mundial, exatamente para me preparar, e conquistei a vaga depois de me dedicar muito e dar tudo de mim nesses treinos. Cheguei ao Mundial me sentindo 100% preparada”, diz Natália, que em 2015 ainda se tornou tetracampeã brasileira e sul-americana, além de ter levado o bronze no Meeting Internacional, em Vitória (ES). “Só somei coisas boas e estou feliz. Espero que 2016 seja melhor ainda”, deseja.
 
Para o primeiro semestre, a ginasta espera acumular ainda mais experiência antes de sua estreia nos Jogos. “Já temos o planejamento para tentar participar do máximo possível de Copas do Mundo antes das Olimpíadas. Em março a gente começa a competir. Também planejamos três intercâmbios de treinos”, explica.
 
As metas da atleta, contudo, vão além de 2016. “Sempre desejei deixar uma história para a ginástica rítmica no individual. Serei a terceira brasileira a participar das Olimpíadas nessa prova e acho que isso é importante para as meninas que estão começando”, acredita. Antes de Natália, Rosana Favila e Marta Schonhurst foram as representantes do Brasil em Jogos Olímpicos, nas edições de Los Angeles-1984 e Barcelona-1992, respectivamente, terminando em 19º e em 17º lugares.
 
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