Handebol brasileiro celebra um dos melhores anos da história

Alexandra Nascimento foi eleita a melhor atleta de 2012 / Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia

São Paulo - Dizer que o handebol brasileiro teve o melhor ano de sua história não é exagero. O título mundial conquistado pela Seleção Feminina, no dia 22 deste mês, em Belgrado, na Sérvia, fechou o período com chave de ouro, mas vários outros fatores podem ser citados para que a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) tenha muito a comemorar.
 
O ano começou com a escolha da ponta direita Alexandra Nascimento como a melhor atleta do Mundo em 2012. Depois de uma grande carreira na modalidade e o destaque no Mundial do Brasil em 2011 e nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, a jogadora, que atua no clube austríaco Hypo Nö, teve o reconhecimento merecido. Desbancou representantes de Países considerados potências e que já haviam faturado o prêmio anteriormente. Na votação concorreram cinco atletas escolhidas por um júri da Federação Internacional (IHF), que foram levadas à votação pública na internet. Alexandra obteve 28% dos votos. O técnico da Seleção Feminina, o dinamarquês Morten Soubak, também foi escolhido, pelo segundo ano consecutivo, como o segundo melhor técnico. 
 
Ao mesmo tempo, o País conseguiu terminar com a melhor colocação da história em um Mundial Masculino Adulto. O 13º lugar e a eliminação nas oitavas de final contra a forte Rússia por apenas um gol deixou a equipe comandada pelo espanhol Jordi Ribera com gostinho de quero mais e com a certeza de que o trabalho está no caminho certo. Logo depois, as Seleções Masculinas das categorias de base também garantiram a melhor colocação até hoje em Mundiais. Enquanto o time Júnior ficou com o sexto lugar, o Juvenil foi nono, posto também nunca alcançado antes.
 
Nas areias, o Brasil manteve a hegemonia, tanto no masculino quanto no feminino, com um duplo ouro nos World Games, em Cali, na Colômbia. O País, novamente, fez uma excelente campanha e subiu ao lugar mais alto do pódio para se manter na primeira colocação do ranking internacional.
 
O forte trabalho feito também com as categorias de base, por meio dos acampamentos realizados em Blumenau (SC), tem contribuído muito para o desenvolvimento da modalidade. Este ano foram realizadas três edições masculinas nas categorias Infantil, Cadete e Juvenil, e duas femininas, uma Cadete e uma Juvenil, somando mais de 600 atletas que tiveram aulas práticas e teóricas para se desenvolverem cada vez mais na modalidade. O projeto segue a todo vapor e já retorna nos meses de janeiro e fevereiro de 2014. 
 
Muitas dessas conquistas se devem ao grande apoio que a modalidade vem tendo dos novos parceiros. Este ano, o handebol fechou contrato de patrocínio com o Banco do Brasil, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, que garante apoio para as Seleções Adultas durante este ciclo olímpico. O projeto faz parte do Plano Medalha, criado pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte. A instituição se juntou aos Correios, patrocinador oficial do handebol desde 2012.
 
O handebol foi uma das 21 modalidades contempladas pelo plano, por ser considerada umas das que possuem chances reais de pódio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. O investimento anual é de 4,4 milhões do Banco do Brasil, somados aos 5 milhões dos Correios, que estão sendo utilizados para a preparação das Seleções Masculina e Feminina Adultas.
 
No cenário nacional, o handebol também teve um grande crescimento. A Liga Nacional ganhou patrocínio do cartão Ourocard para a fase decisiva e proporcionou às equipes semifinalistas o transporte para as sedes dos confrontos. Enquanto o feminino reuniu quatro equipes em Cabo Frio (RJ) para as finais em novembro, o masculino teve como palco Anápolis (GO). Entre as mulheres, a UNC/Supergasbras/Concórdia (SC) faturou o título, e entre os homens o TCC/Unitau/Fecomerciarios/Tarumã/Taubaté (SP). Além disso, o melhor atleta e melhor goleiro de cada naipe ganharam uma carta de crédito do BB Consórcio no valor de R$ 5 mil. As fases semifinal e final foram transmitidas pelos canais SporTV, permitindo que o público apaixonado pela modalidade pudesse acompanhar de perto as decisões. 
 
Para o presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira, este foi um ano recompensador e importantíssimo para a modalidade em vários aspectos, dentro e fora da quadra. "Sempre existe a máxima de que o próximo precisa ser melhor, mas 2013 será um pouco difícil de ser superado. A entrada dos patrocínios dos Correios e do Banco do Brasil e a inclusão do handebol no Plano Medalha foi fundamental para tudo que construímos. Estamos tendo um apoio muito significativo do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro para realizar tudo isso", lembrou Manoel. "Encerrar o ano com essa medalha de ouro no Mundial da Sérvia foi um marco para o handebol. Sempre trabalhamos para melhorar nossa participação na competição e, agora, conseguimos terminar com essa medalha de ouro que vínhamos perseguindo", comentou. 
 
Além das quadras, o dirigente destaca também o grande trabalho que está sendo feito pelo crescimento da modalidade como um todo. "A observação que está sendo feita dos jovens talentos nos acampamentos masculinos e femininos, que tivemos este ano e que terão sequência em 2014 é uma coisa maravilhosa. Estamos fazendo também um bom trabalho com os professores e retomamos o desenvolvimento da arbitragem. Somente unindo todos esses setores é que vamos poder seguir no caminho do sucesso."
 
O presidente completa dizendo que ainda há muito trabalho pela frente. "Tivemos a final da Liga Nacional transmitida para todo o Brasil e com premiações inéditas para os atletas. Foi um ano definitivamente muito positivo. Obviamente, muita coisa precisa ser melhorada, mas foi exemplar. Um período ímpar na nossa vida", encerrou.

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