Seleção Masculina tem caras novas e promissoras para o futuro

Gustavo Rodrigues e Rudolph Hackbarth jogaram pela primeira vez com a equipe Adulta nessa quarta-feira (25) / Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia

São Paulo - A Seleção Adulta de Handebol está em um processo parcial de renovação neste início de ciclo olímpico de olho nos Jogos de Tóquio 2020. Prova disso é que o técnico Washington Nunes mesclou atletas experientes, como Thiagus Petrus, Fábio Chiuffa e Alemão, com outros mais jovens para os amistosos e o IV Torneio Quatro Nações, que ocorre de sexta (27) a domingo (30) no Ginásio Poliesportivo Adib Moyses Dib, em São Bernardo do Campo (SP).
 
A partida amistosa contra a Argentina, na última quarta-feira (25), marcou as estreias em quadra na Seleção Adulta do armador direito Gustavo Rodrigues, de 22 anos, e do ponta direita Rudolph Hackbarth, de 23. "Espero continuar no grupo, poder ajudar, seguir nesse ciclo, porque temos uma renovação, e vamos trabalhar duro para manter o alto nível que tivemos no ciclo passado. Espero que seja um ciclo muito bom", disse Gustavo, que fez uma auto-avaliação da estreia.
 
"Ganhamos o jogo, mas o meu individual não foi muito bom. Errei algumas coisas simples, mas foi a estreia, e eu estava bem nervoso. Já tinha representado o Brasil em todas as categorias de base, mas é totalmente diferente estar na principal. Eu gostei bastante. Agora, é só melhorar daqui para frente para poder continuar no grupo. Chegar em uma Olimpíada é o auge de qualquer atleta. Esse é um dos meus sonhos, espero poder concretizar e só depende do meu trabalho", acrescentou o jogador do US Créteil, da França.
 
Já Rudolph marcou um gol no primeiro jogo dele com a Seleção e falou do aprendizado com os demais jogadores. "Essa é uma oportunidade que vale ouro. Está todo mundo feliz de estar aqui. É o sonho de qualquer jogador, e nós, do grupo dos mais novos, estamos tentando sugar o máximo de aprendizado dos mais velhos e tentar fazer o melhor possível", afirmou o atleta do E.C. Pinheiros.
 
"A estreia foi bacana. Chutei uma bola e fiz um gol, com 100% de aproveitamento. Queria ter arremessado mais, o que todo mundo quer, mas foi bom. Jogar com o Chiuffa também é bastante proveitoso para mim, com muito aprendizado por conta da posição, pelo jogador que ele é, um cara que sempre nos espelhamos. Ele e o Lucas são jogadores em quem eu me espelho bastante. Jogar com eles é um aprendizado enorme", contou.
 
O grupo convocado para o Quatro Nações tem média de idade de 26 anos. Dos 22 selecionados, oito têm no máximo 23 anos. Em meio a estreantes como Gustavo e Rudolph, outros jovens atletas já sabem o que é defender a Seleção há mais tempo, como o central João e o armador direito José Guilherme Toledo, o Zé. Os dois têm 23 anos, mas já passaram dos 60 jogos pela Seleção e integraram a equipe nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e no Mundial da França 2017.
 
Depois da competição em solo francês no começo deste ano, a equipe voltou a se reunir para o Quatro Nações, e Zé falou sobre pegar o ritmo de jogo novamente. "Ficamos um tempo sem treinar e agora temos que correr atrás. Temos que estar bem afiados na defesa 5:1 e vamos melhorar com os treinos. No ataque, é pegar tempo, um de cada vez, e conseguir juntar cada um. É uma questão de tempo", explicou.

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