Elite do adestramento nacional vai ao Rio para Concurso Internacional

De 9 a 12 de novembro, cidade receberá atletas como Giovana Pass, Leandro Silva, os irmãos Luiza e Pedro Almeida e Sergio de Fiori; evento servirá de seletiva para os próximos Jogos Sul-Americanos e os Jogos Equestres Mundiais, ambos em 2018 / Foto: Luis Ruas

Rio de Janeiro - Graças ao Concurso Internacional de Adestramento (CDI3*) que vai sediar de 9 a 12 de novembro, o Rio de Janeiro receberá grandes nomes de um dos esportes olímpicos mais charmosos da equitação mundial.
 
O palco por onde vão passar essas estrelas será a Sociedade Hípica Brasileira, na Lagoa, na Zona Sul da cidade. O torneio regido pelas regras da Federação Equestre Internacional (FEI) receberá atletas do naipe de Giovana Pass, Leandro Silva, dos irmãos Luiza e Pedro Almeida e Sergio de Fiori.
 
Dos cinco, quatro são atletas olímpicos: Leandro foi a Pequim 2008 e Giovana, Luiza e Pedro representaram o Brasil em Rio 2016. Luiza, aliás, esteve presente nas últimas três edições dos Jogos Olímpicos (além do torneio na terra natal e na China, em Londres 2012). 
 
“É bom a gente ter a oportunidade de voltar ao Rio para uma competição nacional. Principalmente para descentralizar os torneios de São Paulo e expandir mais o esporte para se chegar a outros lugares e alcançar um público diferente”, defende Luiza.
 
Praticando o adestramento desde os 13 anos de idade, a atleta, que vai montar o puro-sangue lusitano Balu, tem um longo currículo, que inclui o bronze individual nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e o ouro individual e a prata por equipes nos Jogos Mundiais Militares Rio 2011.
 
No novo evento na capital fluminense, a paulista de 26, que aos 16 entrou para a história como a mais jovem do hipismo em uma Olimpíada (Pequim 2008), mira outro torneio do ano que vem: os Jogos Sul-Americanos Cochabamba 2018, que será realizado em maio, na Bolívia. É que o CDI3* da Cidade Maravilhosa servirá como uma das etapas da seletiva que definirá os conjuntos brasileiros que estarão na disputa no país vizinho.
 
“Estou com o Balu só há um mês e isso, no meio do hipismo, mas principalmente no adestramento, é um tempo muito pequeno para se conseguir grandes resultados. Será minha primeira competição com ele. Então, meu objetivo é fazer uma prova limpa, conhecê-lo, ver como ele reage dentro da competição e treinar. É mais um evento de conhecimento entre eu e o meu cavalo”, Luiza conta.
 
Separados por uma montaria - Luiza terá a companhia do irmão Pedro no Rio. Mas enquanto ela está de olho nos Jogos de Cochabamba 2018, o caçula de 23 anos foca nos Jogos Equestres Mundiais (WEG, em inglês) do ano que vem, que vão acontecer em setembro, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Assim como para o torneio na Bolívia, o CDI3* da capital fluminense também servirá como uma das etapas da seletiva para o WEG.
 
Da mesma forma que a irmã, Pedro também está há pouco tempo com o cavalo que irá montar, o Aoleo. Ele treina há apenas dois anos com o puro-sangue lusitano, que também já foi montado pelo irmão gêmeo, igualmente atleta de adestramento, Manuel Almeida.
 
“É muito difícil algum cavaleiro competir no nível que estou em CDIs com pouco treinamento e sincronização com animal. Estou conhecendo o Aoleo agora. Espero fazer uma prova melhor do que a última que fiz, mas não estou com nenhum objetivo muito grande em termos de colocação no Brasileiro. Vou em busca do índice qualificatório para o Mundial do ano que vem”, ele reforça.
 
A caçula da elite - Além do Concurso Internacional de Adestramento (CDI3*), o evento de hipismo, em novembro, no Rio, também vai contar com outras disputas simultâneas, como o Campeonato Brasileiro, a Taça Brasil, o Desafio Brasil e o Brasileiro de Cavalos Novos. Além de focar no CDI3*, a paulista de apenas 19 anos Giovana Pass vai se inclinar para alguns eventos nacionais.
 
Nas disputas das quais vai participar, a caçula da delegação brasileira dos Jogos de 2016 montará o Zingaro de Lyw, que a acompanhou nas Olimpíadas, e o Garrido. Ambos são puro-sangue lusitano. Ela conta que na preparação para os desafios intercalou dias de treino técnico com dias de treino de condicionamento físico. E se ela espera sair da cidade vitoriosa?
 
“Quem não espera? Na verdade, respeito muito meus colegas e sei que no adestramento as coisas só se decidem no final. Mas estamos trabalhando sério e torço para que os resultados sejam tão bons quanto os treinos”, Giovana afirma.
 
Veteranos de peso - Se de um lado, o evento no Rio terá jovens e promissores atletas como Giovana, Luiza e Pedro, por outro, receberá também nomes que há anos vem construindo a história do adestramento no país. É o caso de Leandro Silva e Sergio de Fiori. Em comum entre os dois estão pelo menos 20 anos de vivência no hipismo.
 
Hoje com 41, o matogrossense Leandro tem em sua bagagem os Jogos Olímpicos Pequim 2008 e os Jogos Pan-Americanos Santo Domingo 2003, Guadalajara 2011 e Toronto 2015. No torneio na cidade canadense, a propósito, ele foi bronze por equipes montando o oldemburgo Di Caprio.
 
“No Rio também vou competir com esse cavalo que já me trouxe muitas alegrias. Teremos uma disputa árdua com bons cavaleiros e animais e espero conseguir o índice do CDI3*”, ele vislumbra.
 
Diferentemente de Leandro, o também veterano Sergio de Fiori vai contar com um cavalo que ainda está em seu primeiro ano de competições. Na Cidade Maravilhosa, o paulista de 35 anos estará ao lado do brasileiro sela sueca Hiroshi AMM e espera uma prova bonita.
 
“Temos condições técnicas de fazer um evento muito bom, mas a falta de experiência do meu cavalo pode colocar algumas incertezas em relação ao rendimento”, Sergio tem os pés no chão.
 
Concurso Internacional de Adestramento, Brasileiro, Taça Brasil, Desafio Brasil e Brasileiro de Cavalos Novos
 
Data: de 9 a 12 de novembro, a partir das 9h
Local: Sociedade Hípica Brasileira, Av. Borges de Medeiros, 2448, Lagoa, Rio de Janeiro, RJ
Ingressos: Entrada franca
Mais informações: www.feerj.com.br
 
* Enviamos algumas fotos que podem ser usadas conforme os créditos descritos na descrição delas.

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