Jonathan Henrique e Carlos Pio prontos para a primeira Olimpíada da carreira

Jonathan Henrique recebe orientações de Nélio Moura/ Foto: Fernanda Paradizo/ZDL 

Campinas - Expectativa. Frio na barriga. A ficha começou a cair para Jonathan Henrique Silva e Carlos Roberto Pio. Os dois jovens atletas, integrantes do Centro de Excelência Esportiva do Estado de São Paulo (CEE), participaram de entrevista coletiva nesta sexta-feira (6), em Campinas, interior de São Paulo, e contaram como estão lidando com a ansiedade às vésperas da participação na primeira Olimpíada. 

 
Ambos são reais esperanças de medalha para os Jogos do Rio 2016 e querem aproveitar ao máximo toda a experiência em Londres. "Passou da linha de aquecimento todo mundo é igual. Não vou me intimidar por enfrentar os melhores do mundo. Darei o meu máximo", diz Jonathan, que está classificado para o salto triplo. "Não podemos nos deslumbrar, mas, sim, manter a concentração na prova", completa Carlos Pio, que é especialista em velocidade.
 
O triplista Jonathan carimbou seu passaporte para Londres com um salto de 17m39, marca que poderia colocá-lo em uma final olímpica. "Já estou sentindo um aperto no peito, um calafrio. Sei o que é preciso fazer, tenho uma marca na cabeça e espero conseguir. Mas também sei que o nível será bastante alto na Olimpíada", relata o garoto, revelando trabalhar com uma meta entre 17m50 a 17m60 para manter vivo o sonho de lutar por uma medalha logo na sua estreia.
 
Além de muito treino e concentração, Jonathan afirma ter uma mania, quase uma superstição, antes das competições. "Primeiro eu coloco a sapatilha no pé esquerdo, mas não amarro. Depois a do direito. Só depois volto para finalizar o esquerdo. O pior é que quando esqueço de fazer desse jeito, a coisa não sai da cabeça e fico pensando se não vai atrapalhar", explica.
 
O saltador de 20 anos encontra inspiração nos grandes nomes que o antecederam na modalidade. Jonathan Henrique admira e conhece a trajetória brasileira no salto triplo, como Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico em 1952 e 1956; Nélson Prudêncio, prata olímpico em 1968 e de bronze em 1972; e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, que foi recordista mundial, com 17,89m, e bronze olímpico em 1976 e em 1980. "Também me inspirei no Jadel (Gregório) pela competitividade dele", revela.
 
Carlos Pio integra a equipe do revezamento 4x100 m do Brasil e não esconde que convive com a ansiedade de chegar à primeira Olimpíada desde o ano passado. Feliz, o jovem revela o orgulho por atingir um novo patamar na carreira esportiva. Porém, avisa que ainda quer mais. 
 
"Vou tentar aproveitar e absorver ao máximo a experiência olímpica, porque quero chegar em 2016 com chances de disputar uma medalha de ouro e ser um espelho para essa garotada que pratica atletismo. Espero que os outros me olhem como eu olho os grandes atletas de agora", completa o velocista.
 
Segundo ele, os momentos de maior desânimo no atletismo ocorreram no ano passado, quando sofreu com lesões às vésperas de importantes competições. Neste ano, porém, superou todos os problemas e incentivo não falta, desde o apoio dos colegas do Centro de Excelência até as broncas da mãe. "Sempre procuro dar o meu máximo, inclusive é o que escuto da minha mãe quando nos falamos por telefone. Ela diz: ‘Você não saiu do interior à toa. Se não for para dar o seu melhor, volta para casa e vai cortar cana’", conta o atleta natural de Ituverava, a cidade de criação de outro medalhista olímpico: Gustavo Borges, da natação. 
 
Os atletas residem e treinam no núcleo do Ibirapuera do CEE, e são orientado pelo técnico Nélio Moura, também treinador da campeã olímpica Maurren Maggi. Antes de disputar uma medalha no Estádio Olímpico de Londres, Jonathan compete na oitava etapa da Diamond League, de 13 a 14 de julho, também na capital inglesa. 

 

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