Agora é ‘vencer ou vencer’

Seleção feminina de basquete perde terceira seguida e agora tem que derrotar os dois próximos adversários para se classificar/ Foto: Alaor Filho/AGIF/COB 

Londres- A seleção brasileira feminina de basquete terá de vencer seus dois próximos adversários para continuar sonhando com medalha nos Jogos de Londres 2012. Após a derrota sofrida nesta quarta-feira, 1º de agosto, para a Austrália por 67 a 61 (terceira consecutiva), pelo grupo B, o Brasil ficou com a obrigação de vencer Canadá e Grã-Bretanha, nos dias 3 e 5 de agosto, respectivamente. As duas partidas serão disputadas novamente no Basketball Arena.

 

Caso a seleção feminina conquiste as duas vitórias, deverá ficar em quarto lugar e, muito provavelmente, enfrentará a poderosa seleção norte-americana, invicta no Grupo A, na segunda fase da competição. Para o técnico Luís Claudio Tarallo, mesmo vindo de três derrotas consecutivas, o grupo está evoluindo e defendendo as cores do Brasil com dignidade.
 
“As atletas estão muito comprometidas e se doando em quadra. Sabíamos que tudo isso poderia acontecer não só pela dificuldade da nossa chave, mas também pela sequência dos jogos. Agora é deixar as meninas se acalmarem e pensar no Canadá, que é mais um adversário difícil”, comentou Tarallo.
 
O treinador brasileiro lamentou o fato de a equipe só ter conseguido encaixar a defesa no final. “Para se ter uma ideia, a Austrália obteve 50 rebotes no jogo inteiro (defensivo e ofensivo) contra 40 do Brasil. Isso pesa muito porque dava a segunda chance para elas. E foi fatal”, salientou Luís Claudio Tarallo.
 
A experiente armadora Adrianinha, que disputa seus últimos Jogos Olímpicos, não conteve as lágrimas e desabafou logo após a derrota para a Austrália.
 
“Difícil, né? A gente luta e treina tanto para chegar até aqui e o resultado não aparece. Estamos chateadas com tantas críticas, mas ninguém sabe o orgulho que temos de representar a seleção brasileira. Mais uma vez perdemos por causa de detalhes. Nós nos colocamos nesta situação e agora é vencer ou vencer”, parafraseou Adrianinha, que depois confessou: “É minha última Olimpíada e queria muito uma medalha”.
 
Aos prantos, a armadora Joice era a imagem da desolação. Ela disse que as meninas vão chorar tudo o que tiverem para chorar nesta quarta e, amanhã (quinta-feira), o foco passa a ser o Canadá.
 
“Estamos lutando do começo ao fim e não sei mais o que fazer. Estou dando meu sangue, mas eu preciso ganhar e tirar este peso de cima de mim. Poderíamos ter vencido todos esses três jogos e vamos buscar essa vaga. Se jogarmos as duas últimas partidas como jogamos hoje, vamos conseguir”, garantiu Joice.