Brasil ganha equipe permanente de pista

O esporte olímpico brasileiro acaba de ganhar mais um motivo para acreditar em bons resultados nos jogos do Rio 2016 / Foto: Marcio Rodrigues / FOTOCOM.NETRio de Janeiro - O esporte olímpico brasileiro acaba de ganhar mais um motivo para acreditar em bons resultados nos jogos do Rio 2016. Nesta quinta-feira, dia 12, o Movimento LiveWright, através de uma parceria com a Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecierj) e patrocínio e parceria técnica da marca Caloi, lançou uma equipe permanente de ciclismo de pista.

Sob a coordenação técnica da atual campeã de ultramaratonas de ciclismo Dani Genovesi e do técnico inglês Simon Jones, considerado o melhor de todos os tempos na Inglaterra, os 15 atletas da Equipe de Ciclismo de Pista já estão em atividade.

O projeto receberá um aporte inicial de R$ 3 milhões ao longo de 2012. Para desenvolverem seus talentos, os atletas terão toda assistência e apoio necessários, com apartamentos equipados, plano de saúde completo e bolsa atleta, além de equipamentos de alta tecnologia e uniformes fornecidos pela Caloi.  O centro de treinamento será no Velódromo da Barra, incluindo a utilização do Parque Aquático Maria Lenk, ambos administrados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

"O Brasil tem um enorme potencial olímpico que precisa ser trabalhado com profissionalismo. Acreditamos que o investimento financeiro bem direcionado no esporte pode mudar a realidade social do país. É este o legado que queremos deixar para os brasileiros. Apostando em jovens atletas e dando condições de desenvolvimento para os ciclistas de elite, a Equipe de Ciclismo de Pista com certeza representará bem o país em qualquer competição que disputar", afirma Luis Resende, CEO do LiveWright.

De volta ao cenário das competições, a Caloi, patrocinadora e parceira técnica da equipe, tem ampliado sua participação na formação de atletas como forma de difundir o ciclismo como modalidade olímpica.

“Nosso principal objetivo em apoiar o ciclismo como esporte é ajudar o Brasil a crescer e ganhar tradição nessas modalidades, que são muito praticadas nos Estados Unidos e Europa, mas ainda pouco difundidas no país. Nos jogos olímpicos, por exemplo, o ciclismo como um todo distribui dezenas de medalhas e queremos que o Brasil comece a lutar por conquistas inéditas”, afirma Eduardo Musa, Presidente da Caloi.

Os 15 atletas que participam do projeto foram escolhidos dentre os melhores do Brasil. Entre eles está o paulista Leandro de Larmelina, de 24 anos. Integrante da seleção brasileira, o paulista acumula cinco títulos brasileiros de ciclismo de pista e foi o campeão do ranking de Pista Elite e Sub-23 em 2010. Outro que merece destaque entre os homens é o paranaense Davi Romeo, também integrante da seleção e bronze no Pan Americano de 2012.

Os demais atletas da elite masculina que fazem parte da Equipe de Ciclismo de Pista são: Kácio Fonseca e Alvimanio de Chagas do Rio de Janeiro; Raul Malaguty e Maique Lourenço, do Paraná; Raphael Silva e Leandro da Silva, de Minas Gerais; e Roberson de Melo Junior, de São Paulo. Na elite feminina, a paulista Camila Coelho, de 24 anos, dividirá o Velódromo com a paranaense Hiryah Salvador, de 22. Camila, que tem no currículo o título de campeã brasileira de Pista 2011 por equipe, foi o destaque da equipe no Campeonato Brasileiro realizado no fim de abril em Maringá (PR). Foram cinco medalhas em seis provas.

Apostando no futuro do esporte, a equipe conta ainda com quatro atletas juniores. Todos os jovens são do Estado do Rio e têm idades entre 15 e 19 anos. São eles: Nicolas Sampaio, Urivelton Fonosi, Juan Picolle e Vitor Demian. Além de treinar com atletas de alto rendimento sob a supervisão técnica do projeto, os jovens irão se beneficiar da mesma estrutura dos ciclistas de elite.

"Tenho grandes expectativas com o projeto, principalmente por se tratar de um projeto que estou idealizando há dois anos e meio e vejo grandes chances de atingirmos, de fato, o nosso objetivo, que é ter um campeão mundial ou trazer uma medalha olímpica para o Brasil. Os atletas estão muito empenhados e unidos, e, mesmo competindo com bicicletas de treino e ainda sem o Velódromo, tiveram um resultado excelente no Campeonato Brasileiro, voltando com 10 medalhas", conta Dani, que explicou também que a competição não englobava os juniores, por isso a equipe foi apenas com dez ciclistas.

Na comissão técnica, Dani Genovesi e o inglês Simon Jones, que ajudou a Inglaterra a conquistar 12 medalhas nas Olimpíadas de Sydney 2000 e Atenas 2004, puxam o time, que também é formado por Alvaro Ferreira, dez vezes campeão do ranking carioca e nove vezes campeão carioca de Velocidade, Antônio MD Ferreira, técnico de ciclismo de pista e diretor de Velódromo (Fecierj), Marina Teophilo, gerenciadora de resultados e bi-campeã brasileira master de Estrada, além de profissionais das áreas médica, alimentícia, fisiológica e mecânica.

Sobre o Movimento LiveWright - O Movimento LiveWright é uma organização sem fins lucrativos que capta investimentos da iniciativa privada para desenvolver o esporte olímpico brasileiro de alta performance. O principal objetivo do grupo é tornar o país uma potência nas modalidades olímpicas, servindo como inspiração também para o desenvolvimento social. O LiveWright trabalha para perpetuar os esforços do executivo e desportista Roger Wright, grande incentivador de parcerias ao desenvolvimento do esporte no país, morto em acidente aéreo em 2009. 

O Movimento LiveWright tem o patrocínio institucional máster da Vale, que acredita que o investimento na formação de uma cadeia de valor, incluindo federações e entidades representativas do setor, é fundamental para potencializar o esporte nacional.