Brasil classifica dois ginastas para as finais

Sasaki é o primeiro brasileiro em uma final individual geral olímpica. Zanetti passa em quarto na prova de argolas / Foto: Divulgação

Londres- Depois de garantir o maior número de ginastas masculinos na história do país em uma edição dos Jogos Olímpicos, o Brasil obteve nova façanha logo em sua estreia, neste sábado, na North Greenwich Arena. Pela primeira vez, um ginasta brasileiro, Sérgio Sasaki, classificou-se para a final individual geral, a prova mais completa do esporte. Com 89.132 pontos, Sasaki terminou a primeira etapa em 11º lugar. Arthur Zanetti é outro que garantiu um lugar na disputa por medalha na prova de argolas. O ginasta ficou em quarto na fase preliminar, com 15.616 pontos. Apenas Diego Hypólito não alcançou a vaga: com uma queda em sua apresentação no solo, ficou em 59º lugar, com 13.766 pontos.

 

Com ótimo desempenho no salto sobre o cavalo e regularidade nos cinco demais aparelhos da série – solo, argolas, cavalo com alças, paralelas e barras fixas –, Sasaki, de apenas 19 anos, mostrou serenidade na execução e cometeu poucos erros. “Como esses são os meus primeiros Jogos, muita gente duvidou do que pudesse conseguir. Me sinto muito grato pelo que consegui aqui. Acreditar na gente é sempre importante. O céu é limite”, disse Sasaki, que volta a competir na final na quarta-feira, dia 1º.
 
Outro estreante em Jogos, Zanetti teve uma atuação excelente nas argolas e classificou-se em quarto lugar. O ginasta explicou que diminuiu a dificuldade do aparelho para correr menos riscos e garantir a vaga entre os oito finalistas. “Queria dar um passo por vez. Agora, vou aumentar o risco da série e partir em busca de uma medalha”, disse o ginasta, que fará sua final apenas no dia 6 de agosto. “Serão dez dias para traçar uma apresentação e me preparar nos mínimos detalhes”.
 
Contrastando com a felicidade dos novatos em Jogos Olímpicos, Diego Hypólito era a imagem da desolação. Logo no segundo salto, o ginasta perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Sem confiança, passou a limitar seus movimentos e fez uma apresentação aquém de suas próprias expectativas. Com os olhos marejados na saída do ginásio, Diego não escondeu a decepção. “Não errei por falta de investimento, não errei por falta de incentivo, não errei por motivo nenhum. Errei porque errei”, afirmou. “Fico muito decepcionado porque esperei quatro anos para estar aqui. Não vou desistir do esporte, mas vai levar muito tempo para reconquistar a confiança”. 

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