Ginástica feminina a um pulo de Londres

Em Ipswich, meninas do Brasil cumprem a última fase de preparação para Londres 2012  / Foto: Divulgação

Londres -  Ipswich está a pouco menos de uma hora de carro do Parque Olímpico. E é nesta pequena e pacata cidade inglesa que a seleção feminina de ginástica artística se prepara para a disputa dos Jogos Olímpicos Londres 2012. Com treinos duas vezes ao dia (manhã e tarde), as atletas permanecerão no Ipswich Gymnastics Centre até sábado, dia 21 de julho. Para Daiane dos Santos, o local de treinamentos oferece toda a estrutura.

 
“Estamos nos sentindo em casa, o ginásio está totalmente climatizado e equipado com a mesma aparelhagem que será utilizada durante os Jogos. Aqui temos apenas que nos focar em treinar e desligar do resto”, revela a campeã mundial de 2003 no solo em Anaheim, Califórnia (EUA).
 
Desde 2007 a seleção brasileira de ginástica artística utiliza as instalações de Ipswich na preparação para importantes competições. Esta é a quarta vez de Daiane dos Santos. “A cidade sempre nos acolhe bem e hoje vive muito todo este clima olímpico. Sempre nos deu sorte e espero que desta vez não seja diferente”, acrescentou a ginasta.
 
Já para Daniele Hypólito, esta é a terceira vez em Ipswich. Segundo ela, a presença de Andy Wood, gerente do Gymnastics Centre, é fundamental para que não falte nada às ginastas brasileiras. “O Andy sempre nos acolhe muito bem e faz o máximo para que nos sintamos em casa. Todos os dias as arquibancadas ficam sempre cheias de crianças, como acontece no Brasil. Está sendo uma preparação fundamental”, disse Daniele. As crianças de quem Daniele tanto gosta são estudantes de escolas primárias em Ipswich.  
 
Para se ter uma ideia da grandeza do Ipswich Gymnastics Centre, basta relacionar as equipes de ginástica artística que já usufruíram da estrutura local: Suíça, Alemanha, Portugal, Espanha, Romênia, França, Finlândia, Dinamarca e Argélia, além do próprio Brasil. O gerente Andy Wood, responsável por toda a logística do ginásio, revela que sua maior preocupação é fazer com que as delegações se sintam confortáveis. “Cuido do transporte, alimentação e hospedagem de todas as atletas brasileiras. Quero que estejam focadas somente nos treinamentos para que consigam alcançar um bom desempenho durante a disputa dos Jogos Olímpicos”, frisou Wood.
 
Simpático e ainda descobrindo as dificuldades da língua portuguesa, Andy Wood diz que em outubro irá ao Rio de Janeiro. Porque para ele, o mais importante é deixar um legado para os ginastas brasileiros para o Rio 2016.
 
“Mesmo após os Jogos de Londres, a equipe brasileira continuará vindo treinar aqui em Ipswich pelo menos uma vez por ano. A meta é fazer pelo menos quatro treinos até os Jogos de 2016 no Rio para que as ginastas tenham ainda mais condições de conquistar medalhas”, revelou Andy Wood.

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