Revezamento fica fora da final
Londres- O quarteto formado por Thiago Pereira, Felipe França, Kaio Marcio e Marcelo Chierighini ficou fora da final do revezamento 4x100m medley após chegar em último em sua série nas eliminatórias, nesta sexta-feira, 3 de agosto, no Centro Aquático de Londres. Com 3min37s00, a equipe brasileira terminou em 15º lugar na prova, que teve os Estados Unidos classificados em primeiro, com 3min32s65, seguidos pela Grã-Bretanha, com 3min33s44, e pelo Japão, com 3min33s64.
Thiago abriu o revezamento brasileiro nadando costas e, após 54s45, entregou a prova em sétimo lugar para Felipe França, que chegou a equilibrar a disputa no peito mas, com 1min00s77, acabou cedendo a penúltima posição para os italianos. Kaio Marcio perdeu terreno ao completar os 100m de nado borboleta em 53s61, e restou pouco para Marcelo Chierighini fazer no encerramento da prova: seus 48s17, terceira melhor parcial do nado livre, não foram suficientes para evitar o último lugar na bateria.
“Ficou um pouco abaixo do que a gente esperava. Todo mundo sabia que ia ser bem difícil, mas a gente sempre acredita na hora”, lamentou Marcelo. “Agora tem que sentar com os técnicos, ver o que deu errado e pensar na próxima competição. Fico chateado, queria muito estar na final, porque são meus primeiros Jogos”.
Prata nos 400m medley, Thiago sentiu o cansaço depois da final dos 200m, disputada na noite de quinta-feira, em que terminou com a quarta colocação.
“Não nadei meu melhor tempo, estava bem desgastado da final. Minha coxa está doendo até agora. A gente queria que o revezamento se classificasse, mas valeu, estou muito satisfeito com tudo. Nas minhas duas melhores provas melhorei meu tempo”, disse o nadador.
Primeira brasileira a entrar na água na manhã desta sexta-feira, a estreante Graciele Herrmann, jovem revelação da natação nacional, não conseguiu uma vaga na semifinal dos 50m livre, mas saiu da piscina do Centro Aquático de Londres sorrindo. Aos 20 anos, a gaúcha chegou aos Jogos Olímpicos com apenas uma grande competição internacional no currículo – os Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011, onde conquistou a medalha de prata – e deixa a competição com experiência na bagagem e de olho nos Jogos do Rio 2016.
"A ansiedade antes da estreia foi muito grande, o coração apertou bastante, mas até que consegui controlar. É tudo muito diferente do que eu imaginava, o clima, tudo. Só a piscina é que é igual", brincou a velocista. "Foi uma grande experiência para mim. Não gostei do tempo, mas foi o melhor que pude fazer. Agora é treinar muito, porque estou precisando, e ganhar mais bagagem nesse nível de competição".
Com 25s44, Graciele ficou em quarto lugar em sua série nas eliminatórias, vencida pela sueca Therese Alshammar, que marcou 24s77. A brasileira terminou em 22º lugar, fora da disputa por uma vaga na final, mas não lamentou o resultado.
"Acho que melhorei bastante desde o Pan, trabalhamos muito em cima da minha largada nas análises biomecânicas e pretendia nadar abaixo dos 25s12, mas não deu. É normal, o atleta tem que saber lidar com isso", disse Graciele. "Estar aqui já é uma grande vitória para mim. Ganhei muita experiência e acredito que em 2016 vou poder trazer bons resultados para o Brasil".
