Com dificuldade na respiração, Jaque sonha com Jogos: “vou lutar sempre”

Jaque ajudou a seleção nos ouros de Londres 2012 e Pequim 2008 / Foto: Divulgação / CBV

Rio de Janeiro – Desde o ano passado, quando foi acometida por uma pneumonia, a jogadora de vôlei Jaqueline luta para conseguir voltar a ajudar a seleção brasileira. Com os pulmões ainda cheios de secreção e com dificuldade para respirar, ela adiou em duas semanas sua apresentação no Centro de Treinamento do Brasil, em Saquarema, e só chegou na última segunda. Agora, reunida com os médicos da seleção, ela busca saídas para ficar melhor o mais rápido possível.
 
“Conversei com os médicos, estão me dando os medicamentos adequados. Não posso tomar qualquer tipo de medicamento. Talvez, se tomasse outros tipos de medicamentos, ficaria bem muito mais rápido, mas não posso. É demorado, processo é lento. Estão estudando, vendo o que é melhor para mim. Ainda tenho muito catarro. Estou melhorando aos poucos, mas estou melhorando. Eu me sinto confiante, muito segura com o grupo, médicos, comissão...”, explica Jaque, ao GloboEsporte.com.
 
O objetivo é claro, poder ajudar a seleção brasileira a conquistar o tricampeonato olímpico em agosto, na Rio 2016. Para isso, Jaque e os médicos optaram por cautela na prescrição de medicamentos.
 
“Ainda mais nesse ano. Temos que ter cuidado redobrado, ver direito o que vamos tomar. Precisamos procurar o nosso médico, ver o que tomar. Já me passaram remédios manipulados, mas não quis tomar. Prefiro tomar o que eles me indicam. Vai ser aos poucos, mas não quero me arriscar”, continua a atleta.
 
Os problemas às vésperas de campeonatos importantes são recorrentes na vida da jogadora. Jaque já precisou superar problemas pessoais e lesões graves para ajudar o Brasil em quadra.
 
“Eu venho passando por problemas de saúde desde que eu tive a pneumonia, em junho do ano passado. Já fui para o Pan ruim. Todo mês, nos campeonatos que jogava, eu ficava doente, minha imunidade baixava, não conseguia treinar direito. Foram meses bem difíceis para mim”, relata.
 
Ela usa os problemas como combustíveis para continuar em busca dos seus títulos em quadra. “Mas é um estímulo novo, uma coisa nova. Toda vez que eu venho para a seleção é uma energia bem positiva para mim. Aqui tenho objetivos muito diferentes do que no clube. Sou uma jogadora de preparação, de ajudar em outras funções. Tenho que colocar na minha cabeça, cuidar de mim nesse momento. E, se deus quiser, vai dar tudo certo. Temos de ter pensamento positivo. E pode ter certeza que é o que eu tenho nesse momento”, afirma.
 
Por fim, Jaque acredita ser capaz de ajudar a seleção na busca da medalha olímpica dentro de casa e luta muito para isso.
 
“Eu acho que sou movida a isso. Isso é mais uma superação, mais uma prova de que vou dar a volta por cima. Eu vou conseguir ajudar essa seleção. Que seja para uma medalha brasileira tão almejada. Vou lutar sempre”, conclui a bicampeã olímpica.
 
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