Aline Silva é eliminada nas quartas de final da luta estilo livre

Laís Nunes, por sua vez, não passou da estreia / Foto: Saulo Cruz/Exemplus/COB

Rio de Janeiro - Principal esperança de medalha da luta estilo livre nos Jogos Olímpicos Rio 2016, Aline Silva viu seu sonho terminar nesta quinta-feira, 18 de agosto, após a derrota nas quartas de final na categoria 75kg para a russa Ekaterina Bukina por 4 a 3. Antes, na fase classificatória, Laís Nunes perdeu para Hafize Sahin, da Turquia.
 
Aline estreou vencendo a japonesa Rio Watari por 4 a 3, mas na luta seguinte, após um combate equilibrado, a atleta russa chegou à vitória pelo mesmo placar. Aline ainda poderia chegar à repescagem, caso Ekateria viesse a garantir uma vaga na final, o que acabou não acontecendo.
 
“Essa participação é muito pequena para ser analisada somente pelos Jogos Olímpicos. A trajetória até aqui foi muito dura e grande, dei tudo o que podia. Fiz o meu melhor e estava no meu melhor. Se alguém me perguntar por que perdi, não sei dizer. Aí eu penso: ‘os Jogos passaram, e agora?’ Respirei luta, dormi luta, comi luta esse tempo todo. Realmente me dediquei, principalmente, no último ano. O que vai me fazer dormir bem à noite é saber que fiz de tudo para estar aqui”, disse Aline.
 
A atleta falou também sobre a arbitragem, que não puniu a russa durante o combate: “a russa puxou o meu cabelo o tempo inteiro e me deu vários tapas na cara, e a arbitragem não fez nada. Deixaram claro que isso seria penalização. Eu estava numa passada atrás das costas dela, quando o árbitro apitou. Era uma das últimas chances que eu tinha de recuperar o meu ponto. Ela não me atacou a luta inteira. Mesmo assim, eu tinha que ter conseguido resolver esse assunto, mas é uma coisa que vai ficar engasgada na minha garganta”.
 
Sobre o futuro e o fato de ter adiado o sonho de se tornar mãe, Aline confessou que poderá adiar mais uma vez: “Eu me casei há mais de um ano, e não vivi com o Flávio nada da vida de casados. Nossa casa está lá, em São Paulo. Abri mão de tudo isso para lutar por um sonho. Não sei como será daqui para a frente, mas esse sonho não morreu ainda. Sou louca para ser mãe, mas se eu tiver que abrir mão mais uma vez por um desejo próprio, para voltar a lutar, não pensarei duas vezes. E a vida vai ficando de lado para me dedicar ao sonho”.
 
Já a mais jovem atleta brasileira da luta, Laís Nunes, estreou contra Hafize Sahin, da Turquia, e perdeu por 5 a 0. “Estou muito feliz por ter chegado até aqui. Disputar os Jogos Olímpicos aos 23 anos já é uma grande vitória, principalmente porque o meu esporte não é tão conhecido. Independentemente da derrota, não tem explicação a sensação de poder competir em casa. Agora é sacudir a poeira e seguir em frente porque muitas outras coisas virão. Foi frustrante porque treinei e me esforcei muito para ter um bom resultado, mas não depende só da gente”.
 
 

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