Seleção quer formar novas gerações para a prática do esporte

Meninas que competem por equipe farão sua estreia em Olimpíadas / Foto: Divulgação/COB

Rio de Janeiro - As atletas do nado sincronizado do Brasil por equipe querem muito mais do que simplesmente encantar os árbitros e todo público brasileiro com seus movimentos de graça e leveza dentro da piscina do Maria Lenk no dia 18 de agosto.
 
Ao contrário do dueto, que desde Los Angeles 1984 (quando se tornou esporte olímpico) só não participou dos Jogos Atlanta 1996, quase todas as meninas da equipe são estreantes em Olimpíadas. A exceção fica por conta de Lara Teixeira, que esteve em Pequim 2008. Elas sabem que dificilmente conseguiram a vaga se o Brasil não fosse o país sede e por isso mesmo querem deixar um legado.
 
"Precisamos fazer o melhor nesta Olimpíada para que o nado sincronizado por equipe do Brasil não fique apenas na história dos Jogos Rio 2016. Precisamos formar novas gerações para que venham outras Olimpíadas pela frente", disse Bia Feres, acrescentando que esta será sua primeira e única Olimpíada.
 
Branca Feres, irmã gêmea de Bia, lembrou que o esporte cresceu muito nos últimos anos, principalmente em outros estados do Brasil fora do eixo Rio-São Paulo. "Já temos atletas de ponta oriundos dos estados do Norte e Nordeste do país e também bons centros de treinamento. Quando encerrar a minha carreira pretendo trabalhar com crianças em escolinhas para passar tudo que apendi no nado sincronizado", revelou Branca Feres.
 
Lorena Molinos é outra que disputará sua primeira Olimpíada. A atleta revelou que a equipe brasileira treina cerca de oito horas diárias para poder encarar os países que têm mais tradição no esporte. No fundo ela sabe que o sonho da medalha é distante, mas garante que a seleção brasileira fará o máximo para conquistar uma boa colocação.
 
"É a primeira vez que competiremos por equipe e isso fará com que o esporte cresça no país. É importante que as crianças conheçam o esporte e que haja um aumento na demanda nas escolinhas dos clubes formadores. Quem sabe um dia brigaremos por medalhas no futuro", indaga Lorena Molinos, que é atleta do Flamengo.

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