Atletas falam de calor e plataforma trêmula em evento teste

Bernardo Oliveira / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - O desempenho do Brasil neste domingo, durante a competição por equipes no evento teste do tiro com arco, ficou áquem do esperado. O time acabou caindo logo nas oitavas de final e não disputou pódio. Mesmo assim, os arqueiros brasileiros fizeram boa avaliação da participação e mencionaram alguns pontos que precisam ser melhorados para 2016. 

Bernardo Oliveira, que teve bom desempenho, reclamou do calor e mostrou empatia pelo público que acompanhou a disputa da arquibancada, debaixo de um sol de mais de 30 graus - o evento foi aberto apenas para convidados, familiares e amigos dos atletas. 

"Gostei da instalação. Tem o que melhorar, ficou muito bonito e eu recebi elogios de outros atletas de outros países, então eu estou muito satisfeito. Estamos tendo problema com o calor. Então, se cobrir mais o concreto, colocar proteção pra plateia, porque teve uns dias que estava pancada", afirmou o brasiliense. 
 
Já para o maior destaque do país na modalidade, o jovem Marcus D'Almeirca, o calor não é problema. "Quanto ao calor, não faz diferença, quando você está preparado não faz diferença. É um esporte outdoor, então a gente tem que saber lidar com ele", afirmou, ainda um tanto descontente com seu desempenho no dia. Marcus é o atual campeão mundial Junior, título conquistado este ano nos Estados Unidos - o primeiro do Brasil na história. 

Nas arquibancadas, convidados enfrentam sol forte / Foto: Esporte Alternativo

Aguiberto Guimarães, diretor executivo de esportes do Comitê Rio 2016, não vê tanto problema. Para ele, a situação poderia ser pior se houvesse chuva. "Eu prefiro que esteja desse jeiro. Chuva e muito vento atrapalha a competição", garante. 
 
Se o calor é um problema que, até certo ponto, o Comitê não pode controlar, há uma outra questão levantada por Bernardo, mais técnica, que será analisada após o evento-teste. 
 
"Tremia [a plataforma]. Mas assim, criar uma plataforma que seja 100% é muito difícil. Eu acho que ficou muito bom, de muita qualidade. Se eles melhorem, ótimo, mas se a competição olímpica for desse jeito mesmo não vai ficar devendo nada", pondera. 
 
Outros atletas também mencionaram a plataforma de onde eles atiram tremer um pouco e Aguiberto diz que é possível melhorar a estabilidade. 
 
"A plataforma está sendo testada. Estava falando agora pouco com um representante da Federação Internacional, e eles têm algumas ideias pra gente melhorar. Pra tirar fotos, por exemplo, a gente precisa ter boas fotos, então vamos pensar nisso também", conclui. 
 
O evento teste do tiro com arco, ao menos em número de atletas participantes, é muito semelhante com o que teremos nas Olimpíadas. São 120 atletas hoje e serão 128 nos Jogos, em 2016.
 
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