Brasileiras brilham e devolvem placar humilhante: 7 x 1

A artilheira Cristiane marcou cinco gols na vitória / Foto: Divulgação

Toronto - Uma verdadeira máquina de gols. Assim foi Cristiane na tarde desta quarta-feira, 15 de julho, quando marcou cinco na vitória do Brasil por 7 a 1 sobre o Equador, em partida válida pela segunda rodada da primeira fase dos Jogos Pan-americanos Toronto 2015. Foi a segunda vitória brasileira em dois jogos – no primeiro, a seleção derrotou a Costa Rica por 3 a 0. Com esse resultado, a equipe assume o primeiro lugar no grupo, com seis pontos. Canadá e Costa Rica têm três pontos e o Equador não pontuou. No domingo, 19 de julho, o Brasil enfrenta o Canadá e a Costa Rica joga com o Equador.

Na ausência de Marta, Cristiane, 30 anos, comandou o Brasil com talento e precisão. Bicampeã dos Jogos Pan-americanos em Santo Domingo (2003) e Rio de Janeiro (2007), além de dona de duas medalhas de prata olímpicas em Atenas (2004) e Pequim (2008), a atacante levou perigo constante à defesa do Equador. Quatro de seus cinco gols foram de cabeça, e ela ainda cabeceou uma bola na trave e marcou, do mesmo jeito, um gol anulado, por impedimento. 
 
"Tenho uma boa impulsão e aproveitei que elas não marcavam. Foi um alívio, na verdade, tirei um peso que estava carregando", comentou Cristiane, que não havia marcado nenhum gol na Copa do Mundo feminina de futebol, em junho, também no Canadá, quando o Brasil foi eliminado nas oitavas de final. "Eu estava sem ritmo de jogo e o esquema, 4-1-4-1, não me favorecia. Ficava muito isolada no ataque. No 4-4-2 de agora, me sinto mais solta, posso partir de frente".
 
O técnico Vadão acredita que a atacante voltou ao seu normal depois de emendar lesões
 
"Quando precisamos dela na Copa América do ano passado, a Cristiane foi a artilheira. Mas depois ela teve que operar o ombro e, em seguida, teve uma lesão na coxa. Não participou do torneio de Algarve, apenas de um amistoso antes da Copa do Mundo. Chegou sem ritmo. Agora que está no ponto certo, o resultado é esse.  E não há muitas cabeceadoras boas no futebol feminino, ela faz a diferença", analisou o treinador.
 
E como faz. Tanto que o Brasil reverteu um placar incialmente negativo graças, principalmente, à sua presença de área. O primeiro tempo começou com um susto. Logo aos cinco minutos, a atacante equatoriana Denise Pesantes recebeu um lançamento longo na entrada da área e chutou na saída da goleira Luciana Dionizio, abrindo o placar. A seleção brasileira logo se reestruturou e, aos 17 minutos, Mônica empatou, após uma jogada confusa: Andressa Alves chutou forte, a goleira Shirley Berruz espalmou para a área e se chocou com Formiga, antes de Mônica chutar.
 
Daí até os 44 minutos do primeiro tempo, o Brasil teve três chances de gol, sem conseguir o desempate. Foi quando Cristiane desencantou e marcou o seu primeiro, de cabeça, após receber belo lançamento de Formiga. No segundo tempo, só deu ela. Aos 10 minutos, Tamires cruza da linha de fundo e Cristiane marca de canhota. Aos 21 minutos, cabeceia após receber cruzamento de Raquel. Aos 25, marca novamente de cabeça, em cobrança de escanteio de Maurine. Aos 32, nova cabeçada, em cruzamento de Tamires. Foi seu quinto gol na partida. Senha para ser substituída e ovacionada pela torcida canadense presente no estádio. Mas a seleção não estava satisfeita, e aos 37 Maurine ainda acertou um chute de longe.
 
O Brasil deu um enorme passo para conquistar sua terceira medalha de ouro no futebol feminino em Jogos Pan-americanos. De quebra, lavou a alma dos torcedores, que puderam comemorar um 7 a 1.

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