Atletismo ganha duas pratas e um bronze nesta quinta

Ronald Julião / Foto: Wagner Carmo / CBat

Toronto - O Brasil ganhou mais três medalhas no torneio de Atletismo dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, na tarde/noite desta quinta-feira (dia 23), no Estádio da York University. Fabiana Murer e Ronald Julião conquistaram a prata no salto com vara e no lançamento do disco. Já Luiz Alberto Araújo ficou com o bronze no decatlo.

Fabiana Murer garantiu o terceiro pódio no PAN ao saltar 4,80 m, repetindo o seu melhor resultado de 2015. Ela mostrou-se contente pela medalha, pela marca e, principalmente, pela técnica empregada.
 
"Sabia que a prova seria muito dura e competitiva. Para ganhar medalha teria de saltar alto e consegui", comentou a campeã mundial em pista coberta e ao ar livre. "Tentei o melhor, mas não consegui os 4,85 m. Tenho condições para isso porque estou bem treinada e vou buscar marcas mais altas ainda este ano", prosseguiu Fabiana, que volta a competir na etapa de Estocolmo da Liga Diamante já no próximo dia 30.
 
A brasileira só foi superada pela cubana Yarisley Silva, medalha de prata em Londres, que conquistou o bicampeonato do PAN, com 4,85 m, novo recorde da competição e a melhor marca do mundo deste ano no Ranking da IAAF. "Era a marca que a gente pensava ser necessária para o ouro", lembrou.
 
Fabiana lamentou ter errado as duas tentativas que fez em 4,75 m. Depois optou por saltar 4,80 m e ultrapassou a marca na primeira. "Cheguei mais desgastada nos 4,85 m do que a Yarisley", disse. Isso faz diferença numa prova equilibrada. A pista daqui é muito boa, veloz e ajudou no alto nível técnico."
 
A norte-americana Jennifer Suhr, campeã olímpica em Londres, terminou com a medalha de bronze, com 4,60 m. A outra brasileira da prova, Karla Rosa da Rosa ficou em 7º lugar, com 4,15 m.
 
Grande festa - No lançamento do disco, Ronald Julião, bronze em Guadalajara, comemorou muito a prata e o retorno ao grupo dos melhores da especialidade. Ele obteve a marca de 64,65 m, o seu melhor resultado de 2015. O jamaicano Fredrick Dacres foi o campeão, com 64,80 m, e o norte-americano Russ Winger ficou com o bronze, com 62,64 m.
 
"Busquei o resultado o tempo todo e foi muito emocionante garantir a medalha na sexta e última tentativa. Na hora, pensei que tinha sido ouro. De qualquer forma, teve um sabor muito especial e por isso fiz questão de dar a volta olímpica na pista", contou Ronald. "Venho de dois anos de muito luta para voltar à melhor forma. O ano passado foi meio capenga por estar voltando de um tratamento para a hérnia de disco. A gente perde muita massa muscular e demora para recuperar."
 
Índice para o Mundial e Olimpíada - Claro que Luiz Alberto de Araújo vibrou com a medalha de bronze no decatlo e por subir ao pódio na cerimônia desta sexta-feira. O grande motivo da grande comemoração, porém, foi o fato de ter alcançado os índices para o Mundial de Pequim e para a Olimpíada do Rio ao somar 8.179 pontos.
 
"Fiquei muito perto das marcas no Troféu Brasil e não desanimei. Ao contrário, treinei mais ainda. O resultado mostrou que estou no caminho certo", disse o decatleta, que conseguiu o melhor resultado de sua carreira no salto em altura, com 2,00 m. "Preciso melhorar na velocidade e acertar detalhes para o Mundial. Estou feliz porque posso fazer um planejamento mais tranquilo para Jogos do Rio", completou. Os índices exigidos são de 8.075 pontos para Pequim e 8.100 para a Olimpíada.
 
O campeão foi o canadense Damian Warner, com 8.659 pontos, novo recorde do Pan-Americano, e a prata foi para Feliz Kurt, de Granada, com 8.269. O outro brasileiro na prova, Felipe dos Santos, ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 8 mil pontos, com 8.019, ficando em 4º lugar.
 
Nas outras finais do dia, Mahau Suguimati ficou em 8º nos 400 m com barreiras, com 49.68; Cleiton Abraão foi 5º nos 800 m, com 1:48.82; Geisa Coutinho terminou em 6º nos 400 m, com 52.05; Hugo Balduíno ficou em 8º nos 400 m, com 46.07, e Tatiele Roberta de Carvalho completou os 10.000 m na 8ª colocação, com 33:24.33.
 
Nos 200 m, os brasileiros não passaram pelas semifinais. Bruno Lins foi 6º na primeira série, com 20.66 (2.0), Aldemir ficou em 7º na segunda, com 20.65 (1.0) e Vitória Cristina Rosa terminou em 8ª na sua bateria, com 23.14 (2.6).

Veja Também: