Goleiro acusado de abuso chega ao Brasil com advogados em Toronto

Thyê, goleiro da seleção, é acusado de estupro no Pan / Foto: Satiro Sodré / SSPress

Rio de Janeiro - O goleiro brasileiro da seleção de polo aquático, Thyê mattos, acusado pela polícia canadense de ter cometido uma agressão sexual - considerada estupro na legislação do país - contra uma mulher de 22 anos durante o Pan desembarcou no Brasil nesta segunda-feira, no aeroporto do Galeão, no Rio.  

O atleta estava em Kazan, na Rússia, para a disputa do mundial de esportes aquáticos, mas retornou ao Brasil para acompanhar o caso no seu país. Em Toronto, local do possível crime, Thyê já tem advogados trabalhando no seu caso. A informação é de Marclo Franklin, advogado da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). 
 
"Sabe-se muito pouco até o momento. Nenhum documento nos foi apresentado ainda. Só a polícia canadense sabe o que aconteceu. Já pedimos a cópia do processo. Ainda não falei com o Thyê. Devemos nos reunir no começo da próxima semana. Vamos estudar com os advogados canadenses para dar os próximos passos", afirmou Franklin.
 
A maneira como a polícia canadense abordou o caso, que já havia sido criticada previamente por pessoas ligadas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), foi alvo do advogado da CBDA. "Acabaram com a imagem do rapaz sem possibilidade de defesa. Não posso dizer se foi precipitado porque os advogados canadenses disseram que esse é o modus operandi no país. Mas, à luz da legislação brasileira, é precipitado. Não pode-se acabar com a imagem do rapaz como acabaram", pontuou Franklin.
 
O caso - Thyê foi acusado de ter agredido sexualmente uma mulher na manhã do dia 16 de julho, pouco antes de voltar ao Brasil. O atleta teria ido à casa da vítima, moradora de Toronto, com outra pessoa da delegação brasileira. Quando ela se recolheu ao seu quarto, ele teria entrado no cômodo e cometido o estupro.
 
O mandado de prisão demorou alguns dias para ser emitido e Thyê já estava na Rússia. O jogador confirmou ter ido ao apartamento da mulher, mas disse que o sexo foi consentido. O técnico da seleção, Ratko Rudic, decidiu ainda assim desligar o brasileiro do time. 
 
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